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Marinhas de países lusófonos discutem cooperação

O ministro da Defesa ressaltou que o foco de atuação das Marinhas deve ser a dissuasão de “potenciais forças hostis em nossas costas” e no Atlântico Sul

Integram a comunidade Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (REUTERS)

Integram a comunidade Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 16h07.

Rio de Janeiro - Comandantes das Marinhas e Guardas Costeiras de sete países integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) discutem, a partir de hoje (8), no Rio de Janeiro, estratégias para intensificar a cooperação e garantir a segurança marítima nessas nações.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, que participou da abertura do III Simpósio das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), até o fim do encontro, na quinta-feira (10), os países devem apresentar uma proposta consensual de monitoramento e controle do tráfego marítimo em suas águas jurisdicionais.

“Os oceanos são elemento de integração entre as civilizações e o comércio marítimo continuará sendo a grande artéria da economia mundial. Protegê-lo é fundamental para as nações que queiram manter-se soberanas”, afirmou Amorim, em discurso de abertura. Segundo ele, a integração das Marinhas não interferirá nas soberanias nacionais.

O ministro da Defesa ressaltou que o foco de atuação das Marinhas deve ser a dissuasão de “potenciais forças hostis em nossas costas” e no Atlântico Sul. “Cultivamos a paz também ao não descuidarmos da capacidade de dissuasão”, ponderou.

Celso Amorim também lamentou a ausência de representantes de Guiné-Bissau (África) no simpósio. “Registro minha esperança de que aquela nação irmã possa em breve recobrar a normalidade institucional, respeitando o primado da democracia inscrito na carta da CPLP”, disse.

O país sofreu um golpe de Estado há cerca de um mês quando, alegando insatisfação com a presença de militares angolanos em missão, um grupo das Forças Armadas prendeu o presidente, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai.

A CPLP foi criada em 17 de julho de 1996, durante a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo de Lisboa, para ampliar a cooperação internacional entre os países-membros em diversos campos, como educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, segurança pública e cultura, entre outros. Integram a comunidade Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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