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Marinha confirma "explosão" em local de submarino desaparecido

A explosão foi detectada em 15 de novembro na região do Oceano Atlântico onde, no mesmo dia, foi registrado o último contato do submarino San Juan

Submarino: "Se ratifica e se confirma" a explosão, explicou o porta-voz da força militar (Marcos Brindicci/Reuters)

Submarino: "Se ratifica e se confirma" a explosão, explicou o porta-voz da força militar (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 21h50.

Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 22h37.

Buenos Aires - A marinha da Argentina confirmou nesta quinta-feira a "explosão" que foi detectada em 15 de novembro na região do Oceano Atlântico onde, naquele mesmo dia, foi registrado o último contato do submarino San Juan, com 44 tripulantes a bordo.

"Se ratifica e se confirma" a explosão, explicou o porta-voz da força militar, Enrique Balbi, aos veículos de imprensa na sede central da marinha em Buenos Aires, que também acrescentou que "nada" está descartado, pois ainda é preciso saber "onde está o submarino", por isso as intensas operações de busca com apoio de diversos países continuam.

Na manhã de hoje, Balbi informou que um "evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear consistente com uma explosão" tinha sido registrado na região em que o submarino fez seu último contato com a base há oito dias.

"Mas ainda não temos outro indício, que seria o caso de encontrar o submarino em tal posição ou profundidade para poder afirmar outra coisa", acrescentou na tarde de hoje o capitão.

Balbi especificou que, "quando se trata de uma explosão em algo submerso", o que acontece na realidade é "uma implosão", que é "para dentro, porque o casco resistente evita justamente que se rompa e essa onda de choque se propague para o mar".

No pronunciamento de imprensa, o porta-voz da marinha foi questionado sobre o defeito elétrico nas baterias da embarcação, que o comandante da mesma se deu conta no exato dia de seu desaparecimento.

"Foi um princípio de defeito ou falha elétrica no compartimento de baterias que foi sanado e informado pelo comandante, que, com sua decisão profissional, seguiu navegando para Mar del Plata", prosseguiu Balbi.

Neste sentido, o porta-voz ressaltou que "nenhuma unidade da marinha zarpa ou decola se não estiver em condições operacionais de navegar ou voar com total segurança", e destacou que a idade dessas unidades - neste caso 32 anos - "não implica a sua obsolescência".

Em seu último relato do dia sobre a busca do submarino San Juan, o porta-voz evitou falar sobre o estado em que poderiam estar os 44 tripulantes, depois que alguns de seus familiares afirmaram que não acreditam que haja sobreviventes.

"Até que tenhamos uma evidência clara de onde está o submarino, não podemos concluir com uma afirmação contundente", ressaltou Balbi.

O submarino emitiu seus últimos sinais na manhã de quarta-feira da semana passada, quando se encontrava no caminho entre Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e a cidade do Mar del Plata, na província de Buenos Aires.

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