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Marinha americana minimiza custo de ação na Síria

Apenas um míssil Tomahawk custa 1,5 milhão de dólares, afirmou nesta quinta-feira o chefe da Marinha americana

Jonathan Greenert: "As cifras não são extraordinárias neste ponto", declarou o chefe do Estado-Maior da marinha, falando ao American Enterprise Institute, um grupo de reflexão conservador de Washington (Getty Images)

Jonathan Greenert: "As cifras não são extraordinárias neste ponto", declarou o chefe do Estado-Maior da marinha, falando ao American Enterprise Institute, um grupo de reflexão conservador de Washington (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 16h14.

O custo de um ataque militar contra a Síria não será alto, afirmou nesta quinta-feira o chefe da Marinha americana, lembrando, no entanto, que apenas um míssil Tomahawk custa 1,5 milhão de dólares.

"As cifras não são extraordinárias neste ponto", declarou o almirante Jonathan Greenert, chefe do Estado-Maior da marinha, falando ao American Enterprise Institute, um grupo de reflexão conservador de Washington.

Na véspera, falando ante a câmara de Representantes americano, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, mencionou um custo de "várias dezenas de milhões de dólares".

A maioria dos navios lança-mísseis se encontra na região, explicou o almirante Greenert, excluindo o caso do porta-aviões Nimitz, dos três destroires e do cruzador que formam sua escolta.Este grupo aeronaval, que deveria regressar aos Estados Unidos depois de sua missão na região do Golfo, foi redirecionado para o Mar Vermelho.

O custo semanal de um destróier é de dois milhões de dólares e o de um grupo aéreo (cerca de 80 aparelhos com os quais conta um porta-aviões) de 25 milhões de dólares para as "operações de rotina" e de 40 milhões no caso de operações intensivas.

Excetuando uma possível intervenção com bombardeiros furtivos B-2, o custo do ataque deve variar em função da quantidade de mísseis Tomahawk que a marinha lançar.Estes mísseis já foram pagos, mas a marinha deve substituí-los no futuro se não forem usados.

Apenas no primeiro dia da intervenção na Líbia, 110 Tomahawks foram lançados. A participação americana no conflito custou um bilhão de dólares.

Gordon Adams, especialista em orçamento da Defesa, afirmou, por sua parte, na revista americana Foreign Policy que o custo dos ataques na Síria, considerando, entre outras coisas, o salário pago aos militares envolvidos e o maior consumo de combustível, alcançará no máximo entre 100 e 200 milhões de dólares.

Nenhuma destas cifras leva em conta o custo que implicará a substituição dos Tomahawks que forem usados.

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