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Marine Le Pen pede que Macron avalie renúncia após crise política na França

Primeiro-ministro francês, Michel Barnier, foi derrubado do cargo, menos de 100 dias após assumir o posto

O presidente da França, Emmanuel Macron (Ludovic MARIN /AFP)

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Agência o Globo
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Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 16h53.

Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 17h06.

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A líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, pediu nesta quarta-feira, 4, que o presidente da França, Emmanuel Macron, avalie a possibilidade de renunciar diante do "repúdio popular" no país. A declaração foi feita enquanto deputados de ambos os lados do espectro político se reuniram para votar em um impeachment contra o primeiro-ministro francês, Michel Barnier. Barnier foi derrubado do cargo, menos de 100 dias depois de assumir o posto, aprofundando ainda mais a crise política na segunda maior economia da União Europeia.

"Cabe ao interessado decidir se pode continuar ou não. Cabe à sua consciência decidir se pode sacrificar a ação pública e o destino da França por seu orgulho. Cabe à sua razão decidir se pode ignorar a evidência de um repúdio popular maciço que, no seu caso, considero definitivo", afirmou Le Pen.

Apelo à renúncia de Macron

A declaração ocorre em um momento de crescente insatisfação popular, quando a maioria dos franceses considera Macron o responsável pela situação econômica atual do país, com a dívida pública da França em níveis alarmantes, comparáveis ao da Grécia. Sua popularidade está em queda, e cada vez mais vozes pedem sua renúncia para superar a crise. Em resposta, Macron, que foi eleito duas vezes, descartou tais pedidos, chamando-os de "ficção política".

"Honrarei essa confiança com toda a energia que me corresponde até o último segundo para ser útil ao meu país", disse Macron, que também alertou para os riscos de uma possível crise caso o governo de Barnier caia. "Não se deve assustar as pessoas com essas coisas. Temos uma economia forte. A França é um país rico, sólido, que realizou muitas reformas e as mantém, com instituições estáveis", completou.

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