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Marine Le Pen apresenta propostas para combate ao terrorismo

"Quantos mais estrangeiros entrarem em nosso território há maior risco de haver indivíduos que pratiquem o proselitismo", disse Marine

Marine Le Pen: ela qualificou de "ilusório" não ver vínculo entre islamismo radical e imigração (Vincent Kessler/Reuters)

Marine Le Pen: ela qualificou de "ilusório" não ver vínculo entre islamismo radical e imigração (Vincent Kessler/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 15h07.

Nanterre (França) - A presidente da ultradireitista Frente Nacional (FN), Marine le Pen, considerou nesta quinta-feira insuficientes as medidas antiterroristas do Governo da França e apresentou um arsenal de propostas, entre elas aumentar o controle das fronteiras ou revisar a concessão da nacionalidade.

Em entrevista coletiva na sede de seu partido em Nanterre, nos arredores de Paris, oferecida na semana depois dos atentados jihadistas na França que causaram 17 vítimas, além dos três autores dos ataques, Marine qualificou de "ilusório" não ver um vínculo entre o islamismo radical e a imigração.

"Quantos mais estrangeiros entrarem em nosso território há maior risco de haver indivíduos que pratiquem o proselitismo", disse Marine, que vê um perigo tanto na imigração ilegal como na legal.

A líder da FN insistiu em sua intenção de se suspender imediatamente a Europa sem fronteiras interiores do espaço Schengen, "um paraíso para os jihadistas", e afirmou que se trata de uma questão que não deve ser evitada.

Marine defendeu que as mesquitas sejam submetidas a um maior controle e que os discursos nos centros de culto sejam feitos "exclusivamente em francês", ao mesmo tempo em que pediu que o laicismo no país seja "firmemente defendido".

Segundo sua opinião, é necessário, além disso, que a resposta global ao terrorismo aumente os meios do Exército e das forças da ordem.

Também solicitou uma reorientação da política estrangeira e "das relações incestuosas com o Catar, um apoio de peso ao fundamentalismo", e exigiu um melhor diagnóstico da atual ameaça terrorista.

"O mundo já não enfrenta terroristas com o perfil de Osama bin Laden, mas a "gentalha radicalizada"", ressaltou Marine, que pediu para se criar uma brigada de gendarmes que atue com maior eficácia nos subúrbios.

"Para mim, como advogada, a pena de morte é um instrumento necessário no arsenal político de um país", concluiu.

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