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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse hoje (20), em São Paulo, que o atual Plano Nacional de Banda Larga ainda precisa gerar mais discussão na sociedade e que a internet não deve ser regulamentada com base na legislação das mídias tradicionais.
"É uma discussão que precisa ser aprofundada. Tenho insistido que não pode ser feito de maneira açodada e requer transparência para que a gente tenha essa combinação necessária entre poder público e iniciativa privada e a gente não venha a tolher a criatividade do mercado", afirmou a candidata, defendendo a necessidade de que o serviço de banda larga no país seja ampliado.
Segundo Marina, a internet é hoje uma ferramenta importante para a comunicação, para o conhecimento e também para a aprendizagem, mas por se tratar de uma nova mídia, com características próprias, não pode ser regulamentada da mesma forma que os demais veículos, tais como a televisão e o rádio.
"A discussão tem que ser um processo aberto para que essa regulamentação não venha a cercear aquilo que é mais importante na internet, que é a liberdade de expressão".
Marina comentou a tentativa de seu partido de implementar as doações para a campanha por meio da internet. "Espero que a gente consiga o acordo e que possamos fazer com que as pessoas possam contribuir para que essa lógica de que são poucos contribuindo com muito possa ser rompida e a gente possa ajudar para que muitos possam contribuir com pouco".
A candidata participou hoje de uma mobilização apelidada de "Twitaço", aproveitando-se da rede social Twitter para atrair mais eleitores para a sua campanha presidencial. Para promover a mobilização, a candidata visitou uma lan house na Rua Augusta, no bairro dos Jardins, para acessar sua página no Twitter e ler alguns comentários de eleitores na rede.
"É uma iniciativa dos próprios twiteiros que resolveram democraticamente fazer esse twitaço. Na minha época, chamávamos isso de panelaço. Agora é um panelaço virtual. E o bom é que não faz barulho, mas alcança longe o coração das pessoas".
Depois, Marina fez uma pequena caminhada, de cerca de cinco quarteirões, até o Conjunto Nacional, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, onde posou para fotos e conversou com pessoas que circulavam pelas ruas. Ao final, parou para tomar um cafezinho ao lado de Ricardo Young, candidato do seu partido ao Senado por São Paulo.
Ainda hoje, a candidata dará uma entrevista ao jornal norte-americano The New York Times e depois viajará para Nova York, nos Estados Unidos, onde deverá se encontrar com empresários.