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María Corina Machado desmente governo de Maduro sobre ida à Espanha: “Estou aqui na Venezuela”

Presidente falou publicamente que opositora política teria ido para Europa, assim como o candidato Edmundo Gonzáles

A deputada venezuelana María Corina Machado é apontada como a favorita para disputar eleições contra Maduro (Juan Barreto/AFP)

A deputada venezuelana María Corina Machado é apontada como a favorita para disputar eleições contra Maduro (Juan Barreto/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 08h15.

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A líder opositora María Corina Machado disse na quarta-feira, 16, em uma entrevista à emissora de televisão "EVTV", que está “na Venezuela”, desmentindo assim o governo do presidente Nicolás Maduro, que havia dito que a ex-deputada “fugiu" do país "para a Espanha”, onde está exilado o ex-candidato presidencial de oposição Edmundo González Urrutia.

“Os venezuelanos sabem que estou aqui na Venezuela, o povo sabe disso, e Nicolás Maduro também sabe. O que acontece é que (governo e aliados) estão desesperados para saber onde estou, e não vou lhes dar esse prazer”, disse Machado, que afirmou que ela e os cidadãos do país estão ‘aqui lutando e determinados a avançar até o fim’.

Por outro lado, Maduro, segundo Machado, está em um “universo paralelo cercado de guarda-costas” porque “sabe que o povo o derrotou” nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais ela alega que González Urrutia foi o candidato “eleito”, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado Maduro vencedor.

Antes, Maduro disse, em um ato televisionado, que Machado “fugiu” do país para “um bom bar em algum lugar da Espanha”.

Embora ele não tenha mencionado o nome da líder opositora, o ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez, usou essas declarações e alegou na plataforma de mensagens Telegram que, de acordo com o presidente venezuelano, “María Corina Machado fugiu do país para a Espanha”.

Na última segunda-feira, Maduro, sem citar nomes ou fazer referências diretas, disse que “ela” havia deixado o país, apesar de estar proibida de sair do território nacional desde junho de 2014.

“Não digam a ninguém, ela saiu do país, minhas fontes me dizem que ela fugiu (...) são covardes, são bons em lançar mensagens de ódio e intolerância, mas ela saiu, pegou as malas Gucci e saiu”, alegou Maduro.

González Urrutia, que concorreu à presidência nas eleições de julho pela principal coalizão de oposição ao governo Maduro, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), chegou a Madri em 8 de setembro, depois de solicitar asilo devido à “perseguição” política e judicial que denunciou ter sofrido em seu país.

Após a viagem do agora ex-candidato, Machado, que afirma estar “escondida”, temendo por sua “vida” e “liberdade”, reiterou que continuará lutando na Venezuela, enquanto González Urrutia o fará “de fora”.

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