Causas que levaram à explosão são sistemáticas, diz relatório (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 08h41.
Washington - O vazamento de petróleo no Golfo do México, na primavera boreal de 2010, foi resultado de um "sistemático" problema de gestão e pode voltar a ocorrer se não forem adotadas medidas, advertiu nesta quarta-feira a comissão presidencial americana que investiga o caso.
A conclusão é baseada em um capítulo do relatório sobre a explosão do poço da britânica Bristish Petroleum (BP), que matou 11 operários e vazou quatro milhões de barris de petróleo no mar no Golfo do México.
A explosão "foi o resultado de uma série de erros humanos e descuidos da BP, Halliburton e Transocean, que ignoraram as regulamentações das autoridades, assim como os recursos necessários e a experiência técnica para a prevenção" de acidentes, destaca a comissão.
O grupo Transocean era o proprietário da plataforma, fretada pela BP e que afundou no acidente.
A americana Halliburton, que presta serviços à exploração petroleira, admitiu em outubro que não realizou um teste chave sobre o estado do cimento no poço antes da explosão, mas acusou a BP de conivência.
As causas que levaram à explosão "são sistemáticas e podem voltar a ocorrer diante da ausência de reformas significativas, tanto na indústria como nas políticas do governo", adverte o relatório, que deve ser publicado na íntegra no próximo dia 11 de janeiro.
O documento destaca que "muitas das decisões que BP, Halliburton e Transocean tomaram pouparam tempo e dinheiro às companhias mas ampliaram o risco de explosão no poço de Macondo".