O governador de Goiás, Marconi Perillo, suspendeu os compromissos da agenda de hoje após a notícia da morte do secretário (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 20h20.
Brasília - O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse hoje (10), por meio de nota, que as menções ao seu nome em gravações telefônicas, interceptadas pela Polícia Federal (PF), não podem servir de base para conclusões precipitadas de conspiração com as pessoas investigadas na Operação Monte Carlo.
O delegado da PF, Matheus Mela Rodrigues, foi ouvido hoje na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar uma rede de exploração de jogos ilegais. Os detalhes apresentados pelo delegado também indicam loteamento de órgãos públicos e "participação direta" da organização criminosa no governo de Goiás.
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o delegado informou que o nome de Perillo foi citado mais de 200 vezes nas gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, além de ligações do próprio governador com Cachoeira, preso desde fevereiro desse ano, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada.
Perillo reafirmou que jamais admitiu ou permitiu qualquer tentativa de influência dos investigados em seu governo. Segundo o governador, o depoimento de hoje não traz nenhum fato novo. Ele disse ainda que já havia informado às autoridades necessárias sobre o contato telefônico no aniversário de Cachoeira, além dos dois encontros em ocasiões sociais e uma audiência no Palácio das Esmeraldas.
“Mesmo assim, tomei todas as medidas necessárias para coibir quaisquer tentativas nesse sentido, afastando auxiliares e servidores citados ou envolvidos nas investigações e determinando a auditagem dos contratos firmados entre a administração estadual e o Grupo Delta”, diz a nota.