Em 24 de julho, dia seguinte ao fim da marcha, será realizado um megaprotesto em Madri (Pierre-Philippe Marcou/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2011 às 10h57.
Madri - Uma nova "Marcha dos Indignados" saiu nesta segunda-feira de Valência para percorrer 500 km em 34 dias e finalizar em 23 de julho em Madri, anunciou o movimento no dia seguinte às manifestações que reuniram pelo menos 200.000 pessoas em toda a Espanha.
Esta marcha de 34 dias é o início de outras mobilizações dos chamados "indignados". Está previsto que mais grupos partam de outras cidades, como Barcelona, em 25 de junho, e Cádiz, dia 23, para seguir para Madri, onde será realizada um novo megaprotesto em 24 de julho.
O grupo que partiu de Valência (leste) tem a intenção de passar por 29 cidades e povoados.
Milhares de manifestantes protestaram no domingo nas ruas de Madri e em quase uma centena de cidades espanholas, na primeira grande manifestação do Movimento 15-M desde seu surgimento há um mês.
A praça Netuno, no centro da capital espanhola, perto da Câmara de Deputados, foi o ponto de encontro de seis marchas multitudinárias que partiram de vários pontos da cidade até reunir entre 35.000 e 40.000 pessoas, segundo a polícia, enquanto em Barcelona até 50.000 manifestantes caminharam no centro da cidade, segundo números da polícia regional catalã.
As seis "colunas" se encontraram na praça Netuno, reunindo pessoas de todas as idades, de crianças em carrinhos de bebê a idosos, em frente a barreiras colocadas por um cordão de policiais para impedir que os manifestantes pudessem chegar até as portas da Câmara.
O pacto de estabilidade da zona do euro e o rigor orçamentário que ela impõe, os políticos acusados de corrupção e de ignorar os cidadãos, e o desemprego que afeta 21,29% da população e cerca da metade dos menores de 25 anos foram os grandes motes do protesto.
O movimento 15-M, que acabou ficando conhecido como o dos "indignados", nascido espontaneamente no dia 15 de maio e que tem reunido milhões de jovens espanhóis exasperados pelas consequências da crise econômica, organizou várias mobilizações no último mês, especialmente acampamentos de protesto em várias cidades.