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Marcas ocidentais são cruciais na segurança de Bangladesh

O edifício Rana Plaza, que desabou deixando mais de mil mortos, possuía cinco unidades de confecção que produziam para marcas ocidentais


	Máquinas retiram escombros de local onde prédio desabou em Savar: as normas de segurança não eram respeitadas
 (Munir Uz Zaman/AFP)

Máquinas retiram escombros de local onde prédio desabou em Savar: as normas de segurança não eram respeitadas (Munir Uz Zaman/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 09h57.

Dacca - O governo dos Estados Unidos considera que as marcas ocidentais que compram roupas fabricadas em Bangladesh têm um "papel crucial" na melhoria das condições do setor, apesar de as principais empresas americanas se negarem a assinar um novo protocolo de segurança.

Uma delegação dos EUA, liderada pela subsecretária de Estado de Assuntos Políticos, Wendy Sherman, está visitando Bangladesh para estimular o governo do país a aprender as lições d desabamento de um prédio em abril. O acidente matou 1.129 pessoas em uma localidade próxima à capital, Daca.

O edifício Rana Plaza possuía cinco unidades de confecção que produziam para marcas ocidentais. As normas de segurança não eram respeitadas e as autoridades ignoraram as rachaduras que foram descobertas no dia anterior ao desabamento.

Sherman mencionou como exemplo a mudança das normas de construção e inspeção das fábricas que se instalaram nos Estados Unidos depois do incêndio do Triangle Shirtwaist Factory em Nova York, que deixou 146 mortos em 1911.

"Foi uma transformação e esperamos que o mesmo ocorra aqui em Bangladesh", disse Sherman na segunda-feira, após uma reunião com representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários do país ocidental.


Sherman destacou que os compradores ocidentais também devem trabalhar para desenvolver a segurança em uma indústria na qual os acidentes fatais são frequentes. As condições dos trabalhadores, que chegam a receber menos de 40 dólares por mês, são lamentáveis.

"Os compradores têm um papel crucial. Continuaremos a trabalhar diariamente para que eles se sentem à mesa (de negociações) para conduzir uma solução duradoura", explicou a subsecretária.

Associações internacionais de trabalhadores, como a UNI e a União Global IndustriALL pressionaram as marcas do ocidente para que assinassem um acordo legal que as obrigasse, entre outras coisas, a executar uma inspeção independente da segurança contra incêndio dos edifícios.

Enquanto grandes marcas europeias, como a espanhola Zara, a italiana Benetton, a sueca H&M e a britânica Marks & Spencer assinaram o acordo, grupos americanos, como Walmart e Gap, se negaram a assumir a responsabilidade legal que a medida implicaria.

A japonesa Uniqlo, por sua vez, afirmou nesta terça-feira que não quer se comprometer agora, mas destacou que pode mudar de posição no futuro.

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