Rio de Janeiro - França e Alemanha disputam nesta sexta-feira um clássico europeu pelas quartas de final da Copa do Mundo do Brasil e o cenário não poderia ser melhor, o Maracanã, que também será palco da final no dia 13 de julho.

A partida está programada para as 13H00 e os alemães podem ser apontados com um leve favoritismo, por sua história nas Copas e pelos últimos anos, mas os franceses demonstraram muita força até agora no Mundial.

A França, que teve muitas dificuldades para garantir a vaga no Mundial do Brasil - venceu a Ucrânia na repescagem das eliminatórias -, ganhou outra dimensão desde o início da Copa, com grandes atuações e resultados expressivos.

Os "Bleus" terminaram em primeiro lugar no Grupo E, com vitórias sobre Honduras(3-0) e Suíça (5-2), além de um empate com o Equador (0-0) quando poupou vários jogadores.

Nas oitavas, a equipe derrotou a Nigéria por 2-0.

A Alemanha começou a Copa a toda velocidade com uma goleada de 4-0 sobre Portugal, mas depois empatou com Gana (2-2) e derrotou os Estados Unidos. Nas oitavas, os germânicos passaram sufoco para derrotar a Argélia por 2-1, na prorrogação.

O vencedor do confronto enfrentará nas semifinais, em Belo Horizonte, o país classificado no duelo sul-americano entre Brasil e Colômbia.

"Esta partida sempre foi um clássico, uma partida de muito suspense. A França, depois do Mundial de 2010 e da Eurocopa-2012, se desenvolveu magnificamente sob o comando de Didier Deschamps", afirmou o técnico alemão, Joachim Löw.

"A França é forte no combate. O meio de campo e a defesa são bem organizados e combativos. Na frente, com Karim Benzema e Olivier Giroud, tem bons jogadores. Sempre mostraram um nível extremamente elevado neste tipo de torneio", completou.

Para a França, a partida poderia ser encarada como uma revanche das duas semifinais perdidas para a Alemanha nas Copas da Espanha-1982 e México-1986.

"Aconteceu há muito tempo. São momentos cruéis, pois até hoje muitos falam sobre eles. Não vamos falar de revanche, mas foram grandes momentos, emotivos, tristes. É por isto que o futebol tem algo de mágico. Sempre aparece outra oportunidade e possíveis mudanças de situação", disse o técnico francês, Didier Deschamps.

Vitória alemã no último amistoso

Uma partida histórica em um cenário lendário, que será disputada mais de um ano depois da vitória da Alemanha por 2-1 em amistoso contra a França disputado em Paris, em fevereiro de 2013.

"Naquela época estávamos em plena reconstrução como equipe, mas progredimos. Era um amistoso e agora é uma competição oficial. Quando você analisa o passado, a Alemanha conseguiu grandes coisas em Copas do Mundo, sabe controlar a bola e tem um jogo bonito de assistir", afirmou o zagueiro francês Mamadou Sakho.

"Mas também somos muito fortes e tenho confiança em nosso time. Importa muito pouco se estão melhor ou pior que antes, o que importa é nosso jogo e dar tudo por esta camisa", completou o jogador do Liverpool.

A partida tem muitos atrativos. Karim Benzema voltará a encontrar o goleiro Manuel Neuer, depois dos confrontos em dois dos últimos três anos da Liga dos Campeões entre o Real Madrid do francês e o Bayern de Munique do alemão.

Outra curiosidade é sobre a eventual participação do alemão Miroslav Klose, atualmente empatado com o brasileiro Ronaldo como o maior artilheiro da história das Copas, com 15 gols, e que pode passar a figurar sozinho como o recordista.

Escalações prováveis:

Alemanha: Manuel Neuer - Jerome Boateng, Per Mertesacker, Mats Hummels, Benedikt Höwedes - Bastian Schweinsteiger, Philipp Lahm (cap), Toni Kroos - Mesut Özil, Thomas Müller, Mario Gotze. DT: Joachim Löw.

França: Hugo Lloris (cap) - Mathieu Debuchy, Raphael Varane, Mamadou Sakho, Patrice Evra - Paul Pogba, Yohan Cabaye, Blaise Matuidi - Mathieu Valbuena, Olivier Giroud, Karim Benzemá. DT: Didier Deschamps.

Árbitro: Néstor Pitana (ARG).