A máquina, que ainda está em desenvolvimento, filtra o ar num processo de três etapas que gastam aproximadamente 600 volts de energia (Antonio Milena/VEJA)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2011 às 20h54.
São Paulo – Uma máquina para retirar o carbono do ar está sendo desenvolvida no campus da Universidade de Calgary, em Alberta, Canadá. A tecnologia, porém, não é nova. Desde a década de 50 já se sabe que a técnica de separar o CO2 do ar é possível. Mas, pela primeira vez, ela esta sendo utilizada no projeto de um equipamento que deverá ser comercializado para executar a tarefa em larga escala.
O projeto é de David Keith, professor de física em Harvard, EUA. Indo contra todo o ceticismo de seus colegas acadêmicos, que não acreditavam no projeto audacioso por ele ser caro, Keith já recebeu suporte financeiro de US$ 6 milhões para tirar a ideia do papel. Entre os investidores, vale destacar a presença do fundador da Microsoft, Bill Gates.
A máquina, que ainda está em desenvolvimento, filtra o ar num processo de três etapas que gastam aproximadamente 600 volts de energia. Ao ser produzida comercialmente, espera-se retirar através da filtragem milhares de toneladas de CO2 do ar. Ainda é preciso resolver o que será feito com tanto carbono recolhido. Mas é bem possível que no futuro, além de carros elétricos e fontes de energias alternativas, o planeta Terra tenha a seu favor a máquina que suga carbono do professor Keith.