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Manifestantes queimam lanchonete após nova morte de negro por policial

Incidente que deve aumentar as tensões sobre questões raciais e violência policial nos Estados Unidos

Atlanta: lanchonete onde homem negro foi morto é incendiada (Elijah Nouvelage/Reuters)

Atlanta: lanchonete onde homem negro foi morto é incendiada (Elijah Nouvelage/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2020 às 13h18.

Última atualização em 14 de junho de 2020 às 15h36.

Manifestantes fecharam uma importante rodovia em Atlanta na noite de sábado e queimaram uma unidade da lanchonete Wendy's onde um homem negro foi morto a tiros pela polícia enquanto tentava escapar da prisão, em mais um incidente que deve aumentar as tensões nos Estados Unidos em relação a questões raciais e a violência policial.

A lanchonete esteve em chamas por mais de 45 minutos antes que as equipes de bombeiros chegassem para extinguir o incêndio, protegidas por uma linha de policiais, segundo mostrou a televisão local. Naquele momento, o prédio já estava reduzido a escombros carbonizados ao lado de um posto de gasolina.

Outros manifestantes marcharam para a rodovia Interstate-75, parando o tráfego, antes que a polícia usasse uma série de viaturas para detê-los.

A chefe de polícia da cidade, Erika Shields, renunciou no sábado em função da morte de Rayshard Brooks, de 27 anos, na noite de sexta-feira, que foi registrada em vídeo.

O departamento da polícia demitiu o policial que supostamente atirou e matou Brooks, disse o porta-voz da polícia Carlos Campos no sábado. Outro oficial envolvido no incidente foi colocado em licença administrativa. Os dois eram brancos.

A morte de Brooks acontece após semanas de manifestações nas principais cidades dos Estados Unidos provocadas pela morte de George Floyd, um negro de 46 anos morto no último dia 25 de maio depois que um policial de Mineápolis se ajoelhou sobre o seu pescoço por quase nove minutos após detê-lo.

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