Mundo

Manifestantes protestam no Rio contra licitação de petróleo

A manifestação é contra o que os movimentos sociais chamam de “privatização” do petróleo brasileiro


	Funcionário da OGX em plataforma de exploração de petróleo: a ANP pretende conceder a empresas petrolíferas o direito de exploração e produção em 289 blocos
 (Divulgação)

Funcionário da OGX em plataforma de exploração de petróleo: a ANP pretende conceder a empresas petrolíferas o direito de exploração e produção em 289 blocos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 11h52.

Rio de Janeiro – Manifestantes que integram a campanha "O petróleo tem que ser nosso" fazem neste momento um protesto em frente ao Hotel Royal Tulip, na capital carioca, onde acontece a 11ª Rodada de Licitações para a concessão de blocos de petróleo. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pretende conceder a empresas petrolíferas o direito de exploração e produção em 289 blocos do Norte, Nordeste e Sudeste brasileiros.

A manifestação é contra o que os movimentos sociais chamam de “privatização” do petróleo brasileiro. Segundo os manifestantes, os 289 campos têm potencial para gerar R$ 6 trilhões em receitas, que deveriam ser usados para acabar com os problemas sociais brasileiros. O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio Moraes, conta que a FUP já entrou com ações na Justiça para tentar impedir o leilão.

Segundo ele, a ideia da manifestação “é dar um recado para o governo federal de que o povo brasileiro não concorda com essa política de realização de leilões de petróleo e gás. Essa é uma política que visa tornar o Brasil num grande exportador de petróleo e gás, o que, na nossa visão, é um completo equívoco, porque apesar do Brasil reunir riquezas imensas nessas áreas, somos um grande país. E grandes nações não podem exportar energia, sob pena de que falte para as futuras gerações”, disse.

Vinte policiais militares estão no local para garantir a tranquilidade do protesto. Segundo Moraes, os manifestantes estão apenas se concentrando em frente ao hotel.

Sessenta e quatro empresas nacionais e estrangeiras disputam os blocos oferecidos pela 11ª Rodada de Licitação da ANP. Participam do protesto organizações como o Sindicato dos Petroleiros, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diversos outros sindicatos, uniões de estudantes e partidos políticos.

Acompanhe tudo sobre:ANPIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil