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Manifestantes protestam em Lisboa contra visita de Merkel

Os manifestantes queimaram um boneco que representava a chanceler vestida com uniforme nazista e derrubaram algumas cercas de proteção


	Várias plataformas cívicas apoiadas por partidos de esquerda e sindicatos convocaram a manifestação
 (Jose Manuel Ribeiro / Reuters)

Várias plataformas cívicas apoiadas por partidos de esquerda e sindicatos convocaram a manifestação (Jose Manuel Ribeiro / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 17h29.

Lisboa - Centenas de manifestantes protestaram nesta segunda-feira contra a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal, na frente do centro de convenções onde participava de uma reunião de empresários dos dois países.

''Vá embora, Merkel'' e ''Morra, Merkel'', eram alguns dos lemas dos cartazes e dos gritos dos manifestantes perante o Centro Cultural de Belém (CCB), rodeado por centenas de policiais.

Os manifestantes queimaram um boneco que representava a chanceler vestida com uniforme nazista e derrubaram algumas cercas de proteção, mas não houve confronto com o contingente policial.

Maria Elena Salgueiro, de 70 anos, uma manifestante que levava um cartaz contra Merkel, disse à Agência Efe que não quer que seu país seja ''uma colônia alemã'' e acusou Berlim de ''afundar'' Portugal e os demais países periféricos da Europa.

Várias plataformas cívicas apoiadas por partidos de esquerda e sindicatos haviam convocado uma manifestação para expressar seu repúdio à visita, soltaram balões pretos e encheram vários monumentos lusos de cartazes contra Merkel e o governo conservador português.

Conhecidos intelectuais lusos publicaram um manifesto contra a visita da chanceler e, da mesma forma que o Partido Verde, a declararam ''persona non grata''.

Merkel realizou uma visita de seis horas a Portugal, em meio a fortes medidas de segurança, na qual se mostrou compreensiva em relação aos protestos nas democracias.

Embora tenha reconhecido as ''dificuldades'' vividas na Europa, não deixou de defender as medidas de ajuste e o cumprimento das duras e impopulares reformas empreendidas em Portugal como única via de tornar suas finanças sustentáveis.

Além da reunião com os empresários e com o chefe de Estado luso, Aníbal Cavaco Silva, ambas na mesma área da cidade, fortemente protegida pela polícia, a chanceler só se deslocou por Lisboa para se reunir com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. 

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