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Manifestantes protestam em Belgrado contra prisão de Mladic

Cerca de 10.000 pessoas, segundo a polícia, reuniram-se neste domingo no centro de Belgrado para protestar

A foto publicada por dois jornais sérvios é a primeira divulgada desde o final da guerra, em 1995, quando ele fugiu e se escondeu da Justiça (AFP)

A foto publicada por dois jornais sérvios é a primeira divulgada desde o final da guerra, em 1995, quando ele fugiu e se escondeu da Justiça (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2011 às 17h41.

Belgrado - Cerca de 10.000 pessoas, segundo a polícia, reuniram-se neste domingo no centro de Belgrado, sob forte vigilância policial, para protestar contra a prisão na quinta-feira de Ratko Mladic.

Os manifestantes, que responderam à convocação do Partido Radical Sérvio (ultranacionalista) vestiam camisetas com o rosto do ex-chefe militar dos sérvio bósnios, nas quais se podia ler "Mladic, um herói sérvio", comprovaram jornalistas da AFP.

Alguns deles, na liderança do cortejo, levavam uma grande bandeira branca, também com o retrato de Mladic.

A manifestação ocorria em frente à sede do Parlamento sérvio.

"Lamento realmente que não haja mais gente", declarou à AFP Zivorad Radovanovic, 59 anos, procedente de um subúrbio operário de Belgrado.

"Quando os generais croatas foram condenados em Haia, toda a Croácia estava aí, e olhem aqui. É uma traição!", indignou-se, fazendo referência aos 30.000 manifestantes que saíram às ruas em meados de abril na Croácia depois de um julgamento do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia que condenou dois ex-generais croatas à prisão.

Um importante dispositivo de polícia tinha sido mobilizado em Belgrado, onde as autoridades queriam evitar qualquer violência, especialmente por parte de grupos extremistas.

Em julho de 2008, a prisão do líder político dos sérvio bósnios Radovan Karadzic desembocou em violentos confrontos na capital sérvia.

Mladic, preso em Belgrado à espera de um eventual traslado a Haia, tinha chamado seus partidários à calma, através de seu advogado.

O ex-chefe militar dos sérvio bósnios foi indiciado por genocídio pelo TPI para a ex-Iugoslávia por seu papel durante a Guerra da Bósnia (1992-1995).

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