Pessoas protestam na Tailândia: ontem, manifestantes haviam ocupado o Ministério das Finanças e das Relações Exteriores (Kerek Wongsa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 08h38.
Bangcoc - Os manifestantes antigovernamentais tailandeses, que ontem haviam ocupado o Ministério das Finanças e das Relações Exteriores - já liberado -, invadiram nesta terça-feira os de Agricultura, Turismo e Transporte, além de terem cercado o do Interior.
Membros do Exército Popular para Derrubar o Regime de Thaksin, organização que supostamente lidera essa onda de protestos, anunciaram que passarão a noite em frente ao edifício do Ministério de Interior, onde agentes antidisturbios estão a postos para impedir a entrada dos manifestantes.
Todos os ministérios citados se encontram na mesma região da capital, sendo que funcionários e governantes já haviam deixado o local para evitar contratempos.
Ontem, após terem se instalado no Ministério das Finanças, os manifestantes montaram um acampamento diante do Monumento à Democracia, onde um dos líderes da mobilização, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, teria passado a noite.
Por causa da ocupação de repartições públicas, um tribunal de Bangcoc emitiu hoje uma ordem de prisão contra Suthep, do opositor Partido Democrata.
Os protestos antigovernamentais começaram no último dia 31 de outubro e ganharam força ontem, quando as autoridades registraram 13 manifestações em diferentes partes de Bangcoc, além da tomada dos Ministérios das Relações Exteriores, abandonado hoje, e de Finanças.
Por outro lado, o Parlamento começou a debater hoje uma moção de censura contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, quem dispõe da maioria suficiente na câmara para derrotar a iniciativa.
Em outra parte da capital tailandesa, os "camisas vermelhas" se concentraram no estádio nacional Rajamangala, com capacidade para 49 mil pessoas, para prestar apoio ao governo.
Os "camisas vermelhas" protagonizaram longas e violentas manifestações no centro comercial de Bangcoc em 2010, as quais resultaram na morte de 92 pessoas e deixaram outras 1,8 mil feridas.
A Tailândia vive uma profunda crise política desde o golpe militar que, em 2006, derrubou o então primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão mais velho de Yingluck.
Suthep alega que não visa o poder com essas manifestações, mas expulsar Thaksin, no exílio desde 2008, e todos os seus.