Destruição na escola nigeriana onde aconteceu o sequestro: crime ocorreu há mais de duas semanas (AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 13h41.
Abuja - Ativistas nigerianas se mobilizavam nesta quarta-feira para pedir ao governo mais esforços para encontrar as mais de 120 estudantes sequestradas por supostos islamitas do Boko Haram.
Mais de duas semanas após o sequestro, a chamada "manifestação de um milhão de mulheres" certamente não conseguirá reunir uma multidão tão grande.
No entanto, segundo Hadiza Bala Usman, uma das organizadoras, "ainda que apenas 10 pessoas venham, serão 10 pessoas que se comprometem em garantir que estas meninas não sejam ignoradas".
De Chibak, no estado nigeriano de Borno, onde ocorreu o sequestro, um pai de uma das sequestradas declarou por telefone que a manifestação pode levar o governo a intensificar os esforços para encontrar as estudantes sequestradas.
"Somos gente pobre e não temos nenhum tipo de influência. Por isso, em nossa opinião, o governo não se preocupa com nossas meninas", declarou este ai, que pediu o anonimato.
"Acreditamos que se os nigerianos, os de cima e os de baixo, levantarem suas vozes de diferentes bairros, o governo ficará atento e fará o que precisa ser feito para libertar nossas meninas", acrescentou.
O governo de Borno havia anunciado inicialmente o sequestro por homens armados de 129 adolescentes do estabelecimento de ensino médio de Chibok, no dia 14 de abril, das quais várias conseguiram fugir.
Segundo números fornecidos pelo porta-voz do governador, 77 ainda estariam sob o poder dos criminosos.
A diretora do estabelecimento, Asabe Kwambura, havia declarado no mesmo dia que, de acordo com a informação fornecida pelos pais das jovens, 230 teriam sido sequestradas no total. Segundo ela, 187 permanecem sequestradas, depois que 43 conseguiram escapar.