Os protestos no Chile relacionados à educação ocorrem há sete meses (Hector Retamal/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 09h31.
Brasília – Manifestantes e policiais voltaram a se enfrentar nessa quarta-feira (25), de forma violenta, nas ruas de Santiago, no Chile. Os manifestantes, em sua maioria estudantes, reivindicam mudanças no ensino e gratuidade para a educação superior. No mesmo dia dos protestos, o presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou que a partir da reforma tributária, o governo investirá mais em educação e assegurará o acesso de maior número de estudantes ao ensino superior.
Os protestos de ontem ocorreram em várias cidades chilenas como Concepción, La Serena, Osorno, Talca e Chillan, além de Santiago. Na capital, as pessoas caminharam pelas principais avenidas. Há relatos de que os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
No Chile, o ensino superior é totalmente privado. Os manifestantes querem a gratuidade. Piñera anunciou que com as mudanças em estudo, 60% dos estudantes serão beneficiados devido ao bom desempenho na sua vida escolar, enquanto 90% terão condições de aderir a créditos educativos destinados aos universitários.
Os protestos no Chile relacionados à educação ocorrem há sete meses. A vice-presidenta da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile, Camila Vallejo, disse que apesar do cansaço devido ao longo período de manifestações no país, ainda há a confiança de que vale a pena protestar em favor de melhorias na educação.