Manifestantes tomam a Praça da Independência, na Ucrânia: Ministério do Interior informou que os manifestantes estão tentando invadir diversos prédios (Vasily Fedosenko/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 09h57.
Kiev - Manifestantes ucranianos atearam fogo na sede do governante Partido das Regiões (PR), em Kiev, após a explosão dos primeiros choques violentos entre opositores e a polícia no centro da capital desde o final de janeiro.
Um grupo de mascarados, com capacetes e armados com pedaços de madeira, derrubaram a porta do edifício, invadiram o pátio interior e lançaram vários coquetéis molotov, que provocaram o incêndio no local.
Segundo o jornal digital "Ukrainskaya Pravda", o incêndio foi deflagrado depois que os manifestantes obrigaram os funcionários que trabalhavam nos escritório do gabinete do partido do presidente, Viktor Yanukovich, a evacuar o imóvel.
Os manifestantes queimaram um carro estacionado no pátio, subiram no primeiro andar do gabinete e apreenderam vários documentos, que foram parcialmente queimados.
Segundo as imagens das emissoras de televisão, ainda é possível ver fumaça saindo do edifício, mas não é possível observar se ainda há fogo.
Pouco depois do ataque, as forças de segurança chegaram na rua onde fica a sede do PR, acompanhados de membros do partido, e os opositores concentrados na área foram dispersados.
O Ministério do Interior informou que os manifestantes estão tentando invadir diversos prédios nas imediações da Rada Suprema (Parlamento ucraniano).
"Os manifestantes no centro da capital tentam tomar os edifícios perto da Rada Suprema ao lançar em seu interior bombas de fumaça. As pessoas que estão dentro estão saltando pelas janelas", segundo comunicado da polícia.
Manifestantes e a polícia protagonizam hoje em Kiev os primeiros choques violentos desde o final de janeiro. Segundo a polícia, pelo menos sete agentes ficaram feridos.
Os distúrbios começaram na rua Grushevki, quando a Polícia tentou impedir a passagem de uma grande passeata convocada pela oposição para pedir a restituição da Constituição de 2004 e a volta do sistema presidencial-parlamentar.