Manifestantes tailandeses bloqueiam os arredores da sede do governo temporário em Bangcoc: explosão da violência acabou com a esperança de trégua (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 08h33.
Bangcoc - Os manifestantes que exigem a renúncia da primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra seguiram nesta quarta-feira para o quartel-general da crise, aumentando a pressão sobre o governo um dia depois dos confrontos que deixaram cinco mortos e dezenas de feridos.
A explosão da violência na terça-feira acabou com a esperança de trégua na crise política que, desde o fim do ano passado, provocou 16 mortes e centenas de feridos.
Nesta quarta-feira, muitos manifestantes viajaram até a zona norte Bangcoc e se posicionaram diante de uma área do ministério da Defesa, que Yingluck utilizou nas últimas semanas como sede alternativa do governo, já que a sede oficial está bloqueada pelos opositores.
"É difícil aceitar o fato de que Yingluck tenha ordenado (à polícia) que nos matasse e que agora se esconde no escritório do secretário permanente de Defesa. Vamos tomar (o escritório) e a encontraremos", afirmou o líder do movimento, Suthep Thaugsuban.
Todas as reuniões ministeriais previstas para esta quarta-feira neste complexo foram canceladas, segundo uma fonte do governo.
Na terça-feira, uma operação da polícia para tentar recuperar alguns edifícios bloqueados pelos manifestantes há várias semanas, incluindo a sede do governo, provocou vários confrontos violentos.
Explosões e tiros sacudiram um bairro do centro histórico de Bangcoc, perto das principais atrações turísticas da capital.
Cinco pessoas morreram, incluindo um policial, e dezenas ficaram feridas nos confrontos.