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Manifestação por democracia em Hong Kong reúne milhares de pessoas

Ativistas pedem a independência do território, diante da crescente intolerância da China a esses protestos

Protesto pró-democracia pede independência de Hong Kong (Bobby Yip/Reuters)

Protesto pró-democracia pede independência de Hong Kong (Bobby Yip/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de julho de 2018 às 12h21.

Última atualização em 2 de julho de 2018 às 08h24.

Milhares de manifestantes pró-democracia compareceram neste domingo (1) no centro de Hong Kong e denunciaram as crescentes pressões autoridades contra esse tipo de atividades.

A China tolera cada vez menos esses sinais de protesto em Hong Kong, território que tem certa autonomia, desde as manifestações maciças de 2014 pró-democracia que quase bloquearam algumas partes da cidade.

Os ativistas reclamam a independência do território.

Hong Kong tem alguns direitos não autorizados no continente, como a liberdade de expressão, mas os manifestantes temem que essas liberdades sejam ameaçadas pelo governo chinês e pelas autoridades locais leais ao governo central.

As autoridades "recorrem a vários meios para mostrar seu poder e impedir a manifestação", acusou Sammy Ip, da Frente de Direitos Civis, que convocou o protesto.

Por exemplo, a polícia alertou os residentes locais que eles poderiam ser detidos por manifestações ilegais se eles se juntassem à marcha, um meio de "intimidar os cidadãos", segundo Sammy Ip.

O jornal Ta Kung Pao, pró-China,pediu no mês passado em um editorial a proibição da manifestação.

A marcha terminou em frente ao prédio do governo de Hong Kong. Os manifestantes reclamavam "o fim da ditadura do partido único".

"O governo não trabalha para o povo e muita gente sofre", declarou à AFP Iris Wong, de 26 anos.

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