Ataque na Flórida: tiroteio que deixou 17 mortos em escola motivou manifestação para pedir um maior controle de armas (Jonathan Drake/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 18h26.
Washington - Dezenas de pessoas, a maioria estudantes de escolas da área metropolitana de Washington, se manifestaram nesta segunda-feira em frente à Casa Branca para pedir um maior controle de armas após o tiroteio que na quarta-feira passada deixou 17 mortos em uma escola de ensino médio de Parkland, na Flórida.
Em vários turnos, diferentes grupos de estudantes se deitaram na Avenida Pensilvânia, bem em frente à Casa Branca, durante três minutos a cada vez, para simbolizar o pouco tempo que o autor do tiroteio da Flórida, Nikolas Cruz, demorou para comprar o fuzil semiautomático com o qual efetuou o massacre.
Ao ficarem imóveis no solo, os estudantes também queriam representar as vítimas dos vários tiroteios ocorridos em escolas ou centros educativos do país nos últimos anos.
"Queremos enviar uma mensagem aos políticos, dizer-lhes que têm que fazer algo perante isto, que é sua responsabilidade, porque eles dão voz ao povo e nós somos o povo", disse uma das organizadoras do protesto, Eleanor Nuechterlein, à emissora de televisão local "WUSA9".
Depois do tiroteio da Flórida na quarta-feira passada, Nuechterlein e uma companheira sua do penúltimo ano de uma escola de ensino médio de Washington, Whitney Bowen, criaram um grupo no Facebook chamado "Adolescentes a favor de uma reforma das armas", e começaram a planejar a manifestação.
Inicialmente, sua ideia era formar junto a alguns amigos um grupo de 17 pessoas, uma por cada vítima mortal do tiroteio na Flórida, e deitar-se em frente à Casa Branca para exigir ações do presidente americano, Donald Trump, e do Congresso.
Mas, após publicar a convocação no Facebook, cerca de 120 pessoas demonstraram interesse em ir, razão pela qual decidiram formar grupos para se deitar perante a residência presidencial americana.
Trump não estava nesse momento na Casa Branca, mas passando o final de semana e o dia de hoje, que é feriado, no seu clube privado de Mar-a-Lago.
O presidente deu hoje, no entanto, um pequeno passo para um possível reforço do controle de armas nos Estados Unidos, ao respaldar um projeto de lei que tentaria melhorar a eficácia de uma base de dados nacionais sobre antecedentes criminais, para impedir que as pessoas ali incluídas possam comprar armas.
Os estudantes que organizaram o protesto de hoje planejam comparecer também a uma manifestação, prevista para 24 de março em Washington e organizada por alunos da escola onde aconteceu o tiroteio na Flórida, a fim de pedir um maior controle de armas.