Pessoas seguram cartazes durante ato em Barcelona contra ataques terroristas, em 26/08/2017: cartaz com a frase escrita em catalão "No tinc por" (Não tenho medo) abre a manifestação, que acabará na Praça da Catalunha (Albert Gea/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de agosto de 2017 às 15h37.
Barcelona (Espanha) - Mais de 500 mil pessoas, entre elas as principais autoridades da Espanha, participam neste sábado de uma manifestação que percorre as principais ruas de Barcelona para protestar contra o terrorismo e homenagear às vítimas dos atentados que deixaram 15 mortos na região da Catalunha.
O rei da Espanha, Felipe VI, está presente no ato, acompanhado do presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, do presidente da região da Catalunha, Carles Puigdemont, e da prefeita de Barcelona, Ada Colau.
Um único cartaz com a frase escrita em catalão "No tinc por" (Não tenho medo) abre a manifestação, que acabará na Praça da Catalunha, ao lado de Las Ramblas, local onde um dos terroristas atropelou dezenas de pessoas com uma caminhonete, deixando 13 mortos e mais de cem feridos.
A manifestação, que começou por volta das 18h locais (13h em Brasília), foi convocada pela Câmara Municipal de Barcelona e pelo governo regional da Catalunha.
Carregam esse primeiro cartaz membros das forças de segurança, dos serviços de emergência, das comunidades muçulmanas e de associações civis e de alguns grupos de profissionais que ajudaram às vítimas logo depois do ataque.
Mais atrás estão familiares das vítimas dos atentados de Barcelona e Cambrils, além de uma delegação de organizações que trabalham em favor da paz, contra o racismo e em defesa dos direitos humanos.
Na sequência estão os representantes das mais altas instituições da Espanha, da Catalunha, das demais regiões e cidades do país, assim como líderes de partidos políticos.
É a primeira vez que um rei participa de uma manifestação na história da democracia da Espanha. Ainda como príncipe, Felipe VI liderou a marcha de 2004 em Madri, após os atentados de 11 de março daquele ano, que deixaram 193 mortos e mais de 1.700 feridos. EFE