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Maliki perdoará arrependidos dos clãs que se rebelaram

Primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki disse estar disposto a perdoar combatentes de clãs sunitas que se rebelaram contra o governo


	Nuri al-Maliki: número de vítimas por causa da violência no Iraque aumentou
 (Ali al-Saadi/AFP)

Nuri al-Maliki: número de vítimas por causa da violência no Iraque aumentou (Ali al-Saadi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 09h19.

Bagdá - O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, disse nesta quarta-feira estar disposto a perdoar os combatentes dos clãs sunitas que se rebelaram contra o governo, mas não os terroristas do Estado Islâmico que lideram a ofensiva.

Em sua entrevista coletiva semanal, al-Maliki deu as "boas-vindas a todos os clãs sunitas que pegaram em armas" que mostrarem arrependimento sobre sua ofensiva.

Além disso, o primeiro-ministro interino assegurou que o anúncio do califado islâmico na zona por parte do líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, é uma ameaça para os países da região.

Segundo al-Maliki, o anúncio é "uma mensagem dirigido a esses países, que com isto passaram a estar dentro do círculo vermelho do Estado Islâmico".

Por outro lado, al-Maliki desejou que a vida política no país prossiga e que "a luta que está acontecendo no âmbito da segurança não afete esse processo", como o que sucedeu no parlamento.

Ontem, fracassou a primeira reunião desta instituição por falta de quorum para nomear seu novo presidente, primeiro passo para a eleição de um novo presidente da República e de um novo executivo.

Na próxima sessão, fixada para 8 de julho, "superaremos os obstáculos para formar um novo governo", afirmou.

Maliki acrescentou que "a prioridade de hoje é a segurança, a proteção do Iraque, sua economia, preservar sua identidade e sua integridade territorial, ameaçada por esta feroz ofensiva terrorista, que tem como objetivo dar fim aos avanços conseguidos".

O EI declarou um califado da província síria de Aleppo até o iraquiano de Diyala, e seu líder al-Baghdadi exigiu que todos os muçulmanos emigrem de forma "obrigatória" ao dito califado.

Segundo os dados divulgados ontem pela ONU, o número de vítimas por causa da violência no Iraque aumentou dramaticamente em junho, alcançando os 2.417 mortos e 2.287 feridos, frente aos 800 mortos registrados em maio.

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