Air Koryo: funcionário foi visto se despedindo de quatro suspeitos do assassinato de Kim Jong-nam (Wikicommons)
EFE
Publicado em 3 de março de 2017 às 10h37.
Bangcoc - A polícia da Malásia emitiu nesta sexta-feira um mandado de prisão contra um funcionário da companhia aérea norte-coreana Air Koryo para interrogatório em relação a morte de Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, no mês passado, em Kuala Lumpur.
As autoridades também solicitam o testemunho do segundo secretário da embaixada norte-coreana na Malásia, mas este conta com imunidade diplomática, confirmou o inspetor geral da Polícia, Khalid Abu Bakar, à agência estatal "Bernama".
Os dois foram vistos no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, se despedindo de quatro norte-coreanos, suspeitos de terem planejado o ataque com um potente agente tóxico contra Kim Jong-nam.
Os suspeitos, sobre que Malásia solicitou ajuda da Interpol para localizá-los, fugiram no mesmo dia do crime, com destino a Pyongyang, segundo fontes da inteligência sul-coreana.
A Justiça da Malásia indiciou na última quarta-feira pelo assassinato duas mulheres, a indonésia Siti Aisha e a vietnamita Doan Thi Huong, que envenenaram o norte-coreano com o "agente nervoso VX", que o matou minutos depois.
A polícia local considera que as duas mulheres foram recrutadas para cometer o assassinato pelos quatro norte-coreanos foragidos, enquanto elas alegam que foram contratadas para fazer uma brincadeira com a vítima.
O único norte-coreano detido durante a investigação do crime, Ri Jong Chol, foi libertado hoje, por conta da ausência de provas, e foi levado para a sede do departamento de imigração, de onde deve ser deportado ao longo do dia, por não estar com seus documentos em dia.