Kim Jong-nam: corpo ainda não foi identificado oficialmente por falta de DNA de parentes (Foto/AFP)
EFE
Publicado em 3 de março de 2017 às 08h48.
Bangcoc - As autoridades da Malásia libertaram nesta sexta-feira, sem acusações, o químico norte-coreano detido após a morte no mês passado de Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e iniciaram os trâmites para deportá-lo a seu país.
Conforme relatado pela agência EPA, Ri Jong Chol saiu pela manhã (hora local) da delegacia onde estava preso de forma preventiva em Kuala Lumpur.
Então ele foi transferido para a sede do departamento de Imigração, que deve deportá-lo ao longo do dia por não ter documentos adequados para continuar no país, de acordo com informações do jornal "New Straits Times".
Ri foi preso no dia 18 de fevereiro, cinco dias depois do assassinato de Kim Jong-nam no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur por duas mulheres que, segundo as autoridades, esfregaram no rosto dele o "agente nervoso VX", que o levou a morte em alguns minutos.
A polícia o considerava suspeito de ter ajudado quatro norte-coreanos foragidos, acusados de planejar o assassinato, mas o juiz decretou na última quarta-feira sua liberdade por falta de provas e expirou hoje o prazo legal de sua prisão.
Ri vivia na Malásia com uma licença de trabalho ligada a uma empresa dedicada à produção de produtos anticancerígenos.
O proprietário da empresa admitiu haver facilitado a permissão do norte-coreano para favorecer transações comerciais, mas negou que era seu empregado.
As autoridades da Malásia ainda não identificaram formalmente a Kim Jong-nam - que viajava com um passaporte diplomático com o nome de Kim Chol -, esperando ser capaz de comparar o DNA com o de algum parente.