Autoridades da Coreia do Sul e dos Estados Unidos disseram acreditar que agentes norte-coreanos assassinaram Kim Jong Nam (Eriko Sugita/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 09h00.
Kuala Lumpur - Autoridades da Malásia disseram nesta terça-feira que ainda têm que determinar o que foi usado para matar o meio irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e que o corpo ainda não foi identificado, já que nenhum parente se apresentou.
Kim Jong Nam foi morto no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur no dia 13 de fevereiro com o que a polícia acredita ser um veneno de ação rápida. O vice-primeiro-ministro malaio identificou a vítima como Kim Jong Nam, embora as autoridades não tenham conseguido realizar testes de DNA.
"A causa da morte e a identidade ainda estão pendentes", disse o doutor Noor Hisham Abdullah, diretor-geral de saúde do Ministério da Saúde da Malásia, aos repórteres.
O funcionário disse que não foram recebidas amostras de DNA de nenhum familiar.
Autoridades da Coreia do Sul e dos Estados Unidos disseram acreditar que agentes norte-coreanos assassinaram Kim Jong Nam, que morava no território chinês de Macau com a proteção de Pequim e estava afastado da família.
A Malásia pediu a parentes de Jong Nam que reivindiquem o corpo e ajudem com o inquérito, que provocou uma rixa diplomática com a Coreia do Norte, cujas autoridades querem que o corpo seja entregue diretamente.
Kuala Lumpur convocou seu enviado em Pyongyang depois que o embaixador norte-coreano na capital malaia questionou a imparcialidade da investigação da Malásia e afirmou que a vítima não era Jong Nam.
Na segunda-feira o embaixador norte-coreano, Kang Chol, disse que seu país "não pode confiar" na maneira como a Malásia está investigando o assassinato.
Respondendo nesta terça-feira, o premiê malaio, Najib Razak, repudiou os comentários do diplomata e reiterou que a investigação será justa.
"A declaração do embaixador foi totalmente desnecessária. Foi diplomaticamente grosseira. Mas a Malásia irá ficar firme", disse Najib aos repórteres.
As autoridades ainda não divulgaram um relatório da autópsia.