Malaysia Airlines está pronta para avançar de imediato com o processo de compensação dos parentes dos passageiros do voo MH370 (Roslan Rahman/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 09h36.
Kuala Lumpur - A Malásia declarou o desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines, um "acidente", informou o Departamento de Aviação Civil (DAC) do país nesta quinta-feira.
O Boeing 777 desapareceu em 8 de março de 2014 com 239 passageiros e tripulantes a bordo pouco depois de decolar da capital da Malásia, Kuala Lumpur, com destino a Pequim.
Meses de buscas e rastreamento não conseguiram encontrar nenhum vestígio do avião.
"Declaramos oficialmente que houve um acidente com o voo MH370 da Malaysia Airlines ... e que se presume que todos os 239 passageiros e tripulantes a bordo do MH370 perderam a vida", disse o diretor-geral do DAC, Azharuddin Abdul Rahman, em comunicado.
O anúncio está em conformidade com as normas dos anexos 12 e 13 da Aviação Civil Internacional, disse Azharuddin. Isso permitirá que as famílias dos passageiros obtenham assistência por meio de compensação, acrescentou.
A Malaysia Airlines está pronta para avançar de imediato com o processo de compensação dos parentes dos passageiros do voo, disse.
Investigadores internacionais estão examinando por que o jato da Boeing se desviou milhares de milhas de sua rota programada até finalmente cair no oceano Índico.
A Malásia também está conduzindo uma investigação criminal.
"Ambas as investigações estão limitadas pela falta de provas físicas, neste momento, em particular os registros de voo", disse Azharuddin.
"Por isso, por ora, não há nenhuma evidência para fundamentar quaisquer especulações sobre a causa do acidente."
De acordo com declarações de um ministro na quarta-feira, o DAC planeja divulgar um relatório provisório sobre a investigação do caso em 7 de março, um dia antes do primeiro aniversário do desaparecimento do avião.
"Esta declaração não significa o fim", disse Azharuddin, acrescentando que o país prosseguirá na busca pelo avião desaparecido, com a ajuda da China e Austrália.
A crise da companhia aérea malaia se agravou em 17 de julho, quando seu voo MH17, em rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, foi derrubado sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.