Imagem de maio de 1944 mostra o campo de Auschwitz-Birkenau em Oswiecim: um milhão de judeus europeus foram assassinados nesse campo nazista (AFP/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2012 às 12h40.
Varsóvia - O mais velho dos ex-prisioneiros do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, Antoni Dobrowolski, morreu no domingo aos 108 anos em Debo (noroeste da Polônia), anunciou nesta segunda-feira um historiador do museu de Auschwitz, Adam Cyra.
Antoni Dobrowolski, nascido em 1904, era um professor polonês que durante a Segunda Guerra Mundial ministrava aulas clandestinas para crianças, proibidas pela Alemanha nazista na Polônia ocupada.
Foi preso em 1942 pela Gestapo, a polícia nazista, e deportado a Auschwitz com o número 38081, antes de ser levado aos campos de Gross-Rosen e depois para Sachsenhausen, na Alemanha, onde foi libertado em 1945.
Depois da guerra se instalou em Debno, onde dirigiu primeiro uma escola primária e depois um liceu.
Um milhão de judeus europeus foram assassinados no campo nazista de Auschwitz-Birkenau, que se converteu no símbolo do Holocausto. Entre 70 e 75 mil poloneses não judeus também morreram ali, assim como 21.000 ciganos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos e 10 a 15 mil outros cativos, entre os quais havia membros da resistência, segundo as informações fornecidas pelo museu do campo.