Manifestante anti-governo na Venezuela: nova morte foi confirmada neste domingo (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2014 às 16h05.
Caracas, 23 mar (EFE).- Uma nova morte foi confirmada neste domingo na Venezuela durante um enfrentamento entre manifestantes e policiais no estado de Mérida, em incidentes relacionados com os protestos que ocorrem no país há mais de um mês, informou o governador do estado, Alexis Ramírez.
'Tivemos a lamentável morte de um cidadão de nome Juan Orlando Labrador, de 39 anos de idade, que foi ferido (de bala) no ombro esquerdo e chegou sem sinais vitais ao Hospital Universitário dos Andes', disse o governador a jornalistas sobre estes fatos que ocorreram no sábado.
O funcionário afirmou que a morte deste trabalhador de uma companhia telefônica do Estado aconteceu em um cenário de enfrentamentos no qual também ficaram feridos outros três civis e quatro funcionários da polícia do estado Mérida.
No marco do que denominou uma 'desordem', o governador informou que uma unidade de transporte público foi incinerada pelos manifestantes e que havia pessoas disparando desde terraços de edifícios.
No sábado, também foram reportadas duas mortes após ferimentos à bala nos estados Táchira (oeste) e Carabobo (centro), no cenário das manifestações que desde 12 de fevereiro se desenvolvem contra o governo de Nicolás Maduro.
Em San Cristóbal, (Táchira), o prefeito encarregado, Sergio Vergara, confirmou à Agência Efe a morte de Wilfredo Rei, um motorista de uma linha de transporte do município que faleceu após ser atingido por uma bala.
Vergara atribuiu a responsabilidade da morte 'a grupos coletivos que estão acompanhando a ação dos corpos de segurança', durante uma ação nos bairros Sucre e Libertador, embora assinalou que não conhecia com exatidão os detalhes do tiroteio.
Enquanto isso, o jornal 'El Carabobeño', de Carabobo (centro), reportou hoje a morte de Argenis Hernández, de 26 anos, após ser ferido à bala por um motorista que lhe disparou no município de San Diego.
O jornal 'Notitarde', desse mesmo estado, informou que Hernández se encontrava com um grupo de pessoas que protestavam ao redor de uma barricada quando um motorista tentou passar por cima dos obstáculos colocados na via e ao ser questionado, respondeu abrindo fogo.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, reiterou hoje que as mortes que se registraram no marco dos protestos desde 12 de fevereiro já chegam a 31 -número que não inclui as reportadas entre ontem e hoje-, enquanto os feridos são 450. EFE