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Mais uma ministra de Theresa May pede demissão

Trata-se da segunda baixa do governo conservador britânico depois da saída do ministro de Defesa, Michael Fallon, em 1 de novembro

Reino Unido: Patel já tinha pedido desculpas nesta segunda-feira por ter se reunido 12 vezes com dirigentes israelenses (Carl Court/Getty Images)

Reino Unido: Patel já tinha pedido desculpas nesta segunda-feira por ter se reunido 12 vezes com dirigentes israelenses (Carl Court/Getty Images)

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AFP

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 21h04.

A ministra britânica de Desenvolvimento Internacional, Priti Patel, se demitiu nesta quarta-feira (8), após ter se reunido com personalidades políticas israelenses sem informar seu governo, tornando-se a segunda a abandonar o Executivo em uma semana, anunciou Downing Street.

Priti Patel, de 45 anos, pediu desculpas e apresentou sua demissão à primeira-ministra Theresa May, após ter sido convocada à Downing Street, 10 na noite desta quarta-feira.

"Agi com a melhor das minhas intenções, mas estas não respeitaram as exigências de transparência e franqueza que defini e promovi", escreveu em sua carta de demissão.

"O Reino Unido e Israel são aliados próximos, e é bom que trabalhemos juntos. Mas isso deve ser feito formalmente, através de canais oficiais", respondeu-lhe May, ainda mais debilitada por esse novo episódio.

Trata-se da segunda baixa do governo conservador britânico depois da saída do ministro de Defesa, Michael Fallon, em 1 de novembro.

Fallon foi implicado num escândalo de abuso sexual que chega à classe política e ameaça também o vice-primeiro-ministro, Damian Green, próximo a May, e o secretário de Comércio Exterior, Mark Garnier.

Patel já tinha pedido desculpas nesta segunda-feira por ter se reunido 12 vezes com dirigentes israelenses, entre eles o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, bem como com representantes de ONGs e de empresas durante suas férias em agosto, sem informar ao governo.

Financiar o exército israelense

Segundo Downing Street, ela disse a May que tinha evocado a possibilidade de financiar a assistência humanitária aos feridos sírios no Golã, do qual Londres não reconhece a ocupação parcial por Israel.

Mas Pavel manteve algumas questões em segredo. Por exemplo, não teria explicado que essa ajuda implicaria em financiar ao exército israelense, que já permitiu evacuar mais de 3.100 feridos sírios para hospitais de Israel.

Segundo o jornal israelense Haaretz, ela teria inclusive visitado um hospital militar de campanha neste território.

Pavel também omitiu um encontro, em setembro, em Westminster, com o ministro israelense de Segurança Interior, Gilad Erdan. Ela admitiu um encontro, no mesmo mês, com o diretor-geral do Ministério de Relações Exteriores, Yuval Rotem, em Nova York.

Para a deputada do partido Liberal Democrata Jo Swinson, a ministra cometeu "um erro de critério lamentável". "É bom que Patel deixe seu cargo, mas o gabinete de Theresa May deve revelar agora com honestidade o que sabia e desde quando", disse em comunicado.

"É escandaloso e pode-se perguntar quantos casos mais, e não só no Reino Unido, não tiveram conhecimento público", comentou a dirigente palestina Hanan Ashraui, contactada pela AFP em Jerusalém.

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