O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy: escândalos podem atrapalhar seus esforços para fortalecer a economia do país (REUTERS/Eric Vidal)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 12h20.
Madri - Um terceiro ex-tesoureiro do Partido do Povo (PP), atualmente no poder na Espanha, foi acusado de lavagem de dinheiro nesta terça-feira, em um escândalo que pode prejudicar o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, em seus esforços para fortalecer a economia do país.
O juiz do tribunal superior Pablo Ruz disse em uma decisão que vai questionar Angel Sanchis em 10 de abril por acusações de que ele ajudou Luis Barcenas, outro ex-tesoureiro do partido, a esconder até 38 milhões de euros (49 milhões de dólares) em contas bancárias suíças.
Barcenas já foi acusado de usar sua posição para aceitar subornos e sonegar impostos escondendo lucros na Suíça e de lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada.
O jornal espanhol El País publicou documentos que afirmou serem livros contábeis mantidos por Barcenas de 1990 a 2009 mostrando que o partido usou propina de empresas para completar os salários dos membros do partido, incluindo Rajoy.
Barcenas negou as acusações contra ele e agora está processando o PP por demissão injusta, pedindo indenização.
Rajoy também negou qualquer irregularidade, mas o caso aumentou as suspeitas dos espanhóis de uma podridão profunda que agora aflige a democracia que surgiu há 35 anos após a morte do general Franco.
Outro ex-tesoureiro do partido, Alvaro Lapuerta, foi acusado de envolvimento com as supostas propinas no início deste mês.
A Espanha vai afundar em recessão este ano, disse o banco central do país nesta terça-feira, ainda sofrendo as consequências de uma crise de imóveis há cinco anos.