Genebra - Os imigrantes africanos que tentam chegar à Europa podem estar morrendo em maiores números no deserto do Saara do que os milhares que se afogaram no mar Mediterrâneo, informou uma organização de monitoramento da imigração nesta sexta-feira.
Um relatório da 4mi, uma filiada do Conselho de Refugiados do Dinamarca, disse ter relatos de testemunhas que levam a crer que a travessia marítima --na qual muitos também foram resgatados por guardas costeiras europeias-- pode ser menos arriscada do que a etapa prévia da odisseia pelo deserto, onde muitas pessoas desaparecem sem deixar rastros.
"Imigrantes e refugiados do Chifre da África chegando à Líbia, ao Egito ou à Europa têm indicado de forma consistente que ainda mais pessoas podem morrer cruzando o deserto do Saara do que cruzando o Mediterrâneo, mas até o momento não temos disponibilidade de dados confiáveis sobre mortes de imigrantes em rotas terrestres", afirma o relatório.
As entrevistas com mais de 1.300 imigrantes entre 2014 e 2016 proporcionaram informações sobre cerca de 1.245 mortes de pessoas a caminho da Líbia, do Sudão e do Egito combinadas.
"O número relativamente pequeno de imigrantes entrevistados... dá a entender que a cifra de 1.245 é uma estimativa conservadora daqueles que de fato pereceram".
Embora esta quantia possa incluir redundâncias, "seria seguro supor que o número de imigrantes e refugiados morrendo antes de chegar às praias do Egito e da Líbia é ainda maior do que número de mortes no mar".
O levantamento provavelmente é a primeira tentativa de mensurar o tamanho de um saldo de mortes essencialmente ignorado de imigrantes no Sahara. A maioria foge da pobreza, da ausência da lei ou de guerras e parte em busca de empregos e segurança na Europa.
A Organização Internacional para a Migração (OIM), uma fonte de estatísticas sobre mortes de imigrantes citada com frequência, disse ter conhecimento de 103 imigrantes mortos ou desaparecidos no Saara e no norte da África em 2015, mas suspeitar que o total verdadeiro é muito superior.
As causas de mortes mais comuns relatadas entre os 1.245 óbitos foram doenças e falta de acesso a remédios, seguidas de inanição, acidentes em veículos, tiroteios e esfaqueamentos. Também houve 44 falecimentos atribuídos a abusos sexuais.
Neste ano, o influxo de refugiados com destino à Europa diminuiu dramaticamente devido aos fechamentos de fronteiras e a um acordo entre a União Europeia e a Turquia graças ao qual o fluxo de sírios e outros imigrantes partindo do território turco para a Grécia foi detido em grande parte.
-
1. Mudança
zoom_out_map
1/12 (FABIO MANGABEIRA)
São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber
imigrantes, segundo o índice
MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O
ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
-
2. 33º) Letônia – 31 pontos
zoom_out_map
2/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 36
Possibilidade de reunir a família: 46
Residência de longo prazo: 59
Políticas contra discriminação: 25
Participação política:18
Acesso à nacionalidade: 15
Educação:17
-
3. 32º) Chipre – 35 pontos
zoom_out_map
3/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família:39
Residência de longo prazo:37
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 32
Educação: 33
-
4. 31º) Eslováquia – 36 pontos
zoom_out_map
4/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família: 53
Residência de longo prazo: 50
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 21
Acesso à nacionalidade: 27
Educação: 24
-
5. 30º) Malta – 37 pontos
zoom_out_map
5/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 43
Possibilidade de reunir a família: 48
Residência de longo prazo: 64
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 26
Educação: 16
-
6. 29º) Japão – 38 pontos
zoom_out_map
6/12 (Kiyoshi Ota/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 62
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 14
Participação política: 27
Acesso à nacionalidade: 33
Educação: 19
-
7. 28º) Lituânia – 40 pontos
zoom_out_map
7/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 46
Possibilidade de reunir a família: 59
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 55
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 20
Educação: 17
-
8. 27º) Bulgária – 41 pontos
zoom_out_map
8/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 40
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 80
Participação política: 17
Acesso à nacionalidade: 24
Educação:15
-
9. 26º) Polônia – 42 pontos
zoom_out_map
9/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 48
Possibilidade de reunir a família: 67
Residência de longo prazo: 65
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 13
Acesso à nacionalidade: 35
Educação: 29
-
10. 25º) Áustria – 42 pontos
zoom_out_map
10/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 56
Possibilidade de reunir a família: 41
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 40
Participação política: 33
Acesso à nacionalidade: 22
Educação: 44
-
11. 24º) Suíça – 43 pontos
zoom_out_map
11/12 (Mike Hewitt/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 53
Possibilidade de reunir a família: 40
Residência de longo prazo: 41
Políticas contra discriminação: 31
Participação política: 59
Acesso à nacionalidade: 36
Educação: 45
-
12. Agora veja a ponta contrária do ranking
zoom_out_map
12/12 (Sean Gallup/Getty Images)