Mundo

Mais de um milhão protestam nas Filipinas contra impeachment da vice-presidente Duterte

Protestos liderados pela organização Iglesia ni Cristo mostram apoio à vice-presidente em meio a acusações graves

Protesto: multidão se reúne em Manila contra o impeachment de Sara Duterte (AFP)

Protesto: multidão se reúne em Manila contra o impeachment de Sara Duterte (AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 19h46.

Tudo sobreFilipinas
Saiba mais

Mais de 1 milhão de pessoas, membros da poderosa seita Iglesia ni Cristo (INC), se reuniram nesta segunda-feira, 13, em Manila, capital das Filipinas, para protestar contra o impeachment da vice-presidente Sara Duterte.

A vice-presidente enfrenta três processos de impeachment. O mais recente foi registrado em 19 de dezembro, movido por padres católicos que a acusam de gastar “de forma anômala” milhões de dólares durante seu mandato como vice-presidente e enquanto ocupava o cargo de ministra da Educação. Além disso, há acusações de conspiração para o assassinato do atual presidente, Ferdinand Marcos.

O movimento foi liderado pela Iglesia ni Cristo, uma organização cristã com mais de dois milhões de seguidores. Protestos simultâneos ocorreram em várias partes do país.

"Somos contra o impeachment porque isso não traria nada de bom. É inútil para o país", afirmou John Carlo Guinbgab, de 23 anos, que viajou mais de 150 quilômetros para participar da manifestação. Outro membro da seita, Rodante Marcoleta, destacou: “Se o país está dividido, quem sofre é a população”, em um discurso amplamente aplaudido.

Disputa política

Sara Duterte expressou gratidão à INC por sua postura em favor da unidade do povo filipino. Para que o impeachment avance, é necessário o apoio de pelo menos um terço dos deputados na Câmara Baixa e dois terços no Senado.

O presidente Marcos pediu publicamente que os parlamentares não votassem pelo impeachment. A vice-presidente, que retirou sua candidatura presidencial em 2022 para apoiar Marcos, vive agora uma aliança política tensa com o presidente, especialmente com a aproximação das eleições de meio de mandato.

A crise política nas Filipinas reflete tensões históricas e disputas entre dinastias no poder.
Acompanhe tudo sobre:Filipinas

Mais de Mundo

Nawaf Salam, presidente da Corte Internacional de Justiça, é nomeado premiê do Líbano

Filho de Trump será 'assessor estratégico' de casa de apostas online

Emir do Catar lidera negociações para trégua em Gaza com apoio dos EUA

Venezuela reabre fronteira com Colômbia 3 dias após fechamento para posse de Maduro