Atleta russa: segundo professor, acobertamento começou em 2011 (Francois Nel/Getty Images)
EFE
Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 10h45.
Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 11h04.
Londres - A segunda parte do relatório McLaren, divulgada nesta sexta-feira, aponta que mais de 1.000 atletas russos, de 30 modalidades, se envolveram ou se beneficiaram de práticas de doping patrocinado pelo governo do país entre 2011 e 2015.
O documento independente, confeccionado a partir de soliticação da Agência Mundial Antidoping (Wada) afirma que existiu uma "conspiração" na Rússia, realizada com apoio de autoridades do Ministério do Esporte e com apoio da agência local antidoping e do Centro de Preparação das Equipes Nacionais.
"Podemos confirmar o que anunciamos no primeiro relatório: aconteceu um acobertamento, que começou em 2011 e seguiu até depois dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi. Um acobertamento que evoluiu até níveis sem precedentes", afirmou o professor Richard McLaren, da Western University do Canadá.
O relatório divulgado hoje, em um hotel de Londres, aponta para o nome de quatro medalhistas nos Jogos de Sochi e cinco nos Jogos de Londres, disputados em 2012. O sistema governamental ainda teria sido mantido em prática durante o Campeonato Mundial de Atletismo, realizado em 2013.
"O desejo de ganhar medalhas suplantou a moral coletiva, a ética e os valores do fair play. É impossível saber até onde se remonta essa conspiração e quantas pessoas estão envolvidas", garantiu McLaren.
O pesquisador ainda afirma categoricamente que as competições internacionais foram manipuladas devido ao esquema montado pelos russos, já que houve disputa em condições desiguais.
Nos Jogos de Sochi, a Rússia conquistou 33 medalhas, sendo 13 de ouros. Em Londres, foram 72 idas ao pódio, com 21 na primeira colocação. EFE