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Mais de cem policiais detidos na Turquia por escutas ilegais

Operação começou na madrugada de terça-feira e abrange 25 províncias com um total de 105 agentes detidos


	105 policiais foram detidos na Turquia acusados de terem realizado escutas ilegais
 (Ahmet Baris Isitan/Wikimedia Commons)

105 policiais foram detidos na Turquia acusados de terem realizado escutas ilegais (Ahmet Baris Isitan/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 15h32.

Istambul - O número de policiais detidos na Turquia sob a acusação de ter realizado escutas ilegais, entre outros delitos de abuso de suas funções, já supera os cem, informa nesta quarta-feira o jornal turco ''Radikal''.

A operação começou na madrugada de terça-feira com um primeiro balanço de 55 detidos, mas foi se ampliando até abranger 25 províncias com um total de 105 agentes detidos, embora dois tenham sido postos em liberdade hoje.

Entre os policiais detidos se encontram vários altos cargos envolvidos na investigação de uma suposta trama de corrupção governamental que em dezembro forçou a renúncia de 4 ministros.

Mas a polícia segue buscando nove diretores do ramo de investigações, que não foram achados até agora, por isso que se fala na possibilidade de terem fugido para o exterior, aponta o jornal 'Hürriyet' em sua versão eletrônica.

Os agentes detidos são suspeitos de ter inventado uma organização delitiva inexistente, chamada 'Tevhid-Selam de Jerusalém', como pretexto para realizar escutas telefônicas a centenas de pessoas.

Ao se encontrar com a imprensa durante sua mudança às prisões, vários chefes de polícia negaram ter cometido algum delito e tacharam suas detenções de 'políticas'.

O primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, expressou reiteradamente sua intenção de fazer uma 'operação de limpeza' para acabar com a presença de 'estruturas paralelas' na polícia e no judiciário.

O líder se refere com este nome às redes de simpatizantes do predicador islamita exilado Fethullah Gülen, durante anos aliados do partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) de Erdogan, igualmente islamita, em sua luta contra os círculos de poder laicos.

No outono passado, as tensões entre Erdogan e dos seguidores de Güllen derivaram em uma guerra aberta e o Executivo suspendeu milhares de funcionários suspeitos de simpatizar com Gülen.

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