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Mais de 80 detidos após noite de distúrbios em Ferguson

Mais de 80 pessoas foram detidas nos distúrbios ocorridos após decisão de júri, que não vai acusar policial branco que matou o jovem negro Michael Brown


	Manifestante em Ferguson: não houve feridos nem mortos
 (Getty Images)

Manifestante em Ferguson: não houve feridos nem mortos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 13h00.

Washington - Mais de 80 pessoas foram detidas durante a noite passada no condado de Saint Louis, nos Estados Unidos, a maioria no subúrbio de Ferguson, nos distúrbios ocorridos após a decisão de um júri de não acusar o policial branco Darren Wilson, que em agosto matou com vários disparos o jovem negro Michael Brown.

Somente em Ferguson houve 61 prisões, a maioria por roubos, saques e invasões, de acordo com a informação divulgada nesta terça-feira por um porta-voz da polícia local, Brian Schellman.

Já na cidade de Saint Louis ocorreram 21 prisões, segundo o prefeito Francis Slay.

Em uma improvisada entrevista coletiva, o chefe local da polícia, Jon Belmar, disse durante a madrugada que os distúrbios foram ainda mais graves do que os ocorridos em agosto, após a morte de Brown.

Não houve feridos nem mortos, mas vários estabelecimentos foram saqueados ou incendiados, assim como duas viaturas.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes e disse que indivíduos fizeram disparos no meio da multidão.

A indignação em Ferguson começou após ser divulgado que Darren Wilson, o policial branco que matou Brown, seguirá livre e sem acusações, após um júri considerar que não há provas suficientes para responsabilizá-lo pela morte de Brown.

Após escutar a versão de 60 testemunhas e do próprio Wilson, o grande júri decidiu que não existem indícios para acusar o agente, que em 9 de agosto disparou várias vezes contra o jovem de 18 anos, que estava desarmado.

Wilson poderia pegar quatro anos de prisão por homicídio culposo ou prisão perpétua ou pena de morte por assassinato.

Os familiares de Brown, apesar de "profundamente decepcionados" pela decisão judicial, disseram em comunicado que "responder a violência com violência não é a resposta".

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