Uma criança dorme em uma escola de Homs: desocupação se prolongará durante os próximos dias, disse representante da ONU (AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 13h17.
Damasco - Mais de 80 civis - mulheres, crianças, idosos e doentes - foram retirados nesta sexta-feira da assediada parte antiga de Homs, no centro da Síria, no marco de uma desocupação que se prolongará durante os próximos dias, disse o representante da ONU no país, Yacob el Hillo.
Hillo destacou, em entrevista à TV síria, que a operação é realizada graças ao acordo humanitário conseguido entre o governo sírio e a oposição para tirar à população civil da parte velha de Homs.
Ele explicou que a operação foi desenvolvida com a cooperação da ONU e do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (ICRC). Hillo adiantou que amanhã, será feita a entrada de ajuda humanitária na parte antiga de Homs.
Por sua vez, um porta-voz do ICRC na cidade afirmou que a retirada dos civis acontecerá até o próximo domingo. A fonte acrescentou que seu grupo facilitará o transporte dos cidadãos aos lugares que desejem dentro da Síria.
As autoridades sírias não confirmaram o número exato de cidadãos que deixaram o lugar, embora nesta manhã o governador de Homs, Talal al Barazi, tenha informado que primeiro seria retirado um grupo de 200 pessoas.
O Ministério das Relações Exteriores russo revelou hoje que o governo e a oposição armada síria acordaram um cessar-fogo de três dias em Homs para a saída dos civis.
A ação foi anunciada durante a primeira rodada da conferência de paz "Genebra II", realizada entre 22 e 31 de janeiro na cidade suíça de Montreux, onde se sentaram pela primeira vez na mesma mesa representantes do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, e a oposição, com a mediação do enviado da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi.
O governo sírio confirmou hoje sua participação na segunda rodada, prevista para na próxima segunda-feira.