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Mais de 8 mil migrantes são resgatados no Mediterrâneo em 3 dias

Segundo a guarda-costeira italiana, que coordena as operações de resgate no Mediterrâneo central, o mar está muito agitado nos últimos tempos

Migrantes: cerca de 27.000 migrantes procedentes principalmente da África subsahariana desembarcaram na Itália neste ano (Antonio Parrinello/Reuters)

Migrantes: cerca de 27.000 migrantes procedentes principalmente da África subsahariana desembarcaram na Itália neste ano (Antonio Parrinello/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de abril de 2017 às 15h01.

O mal tempo impediu que nesta segunda-feira houvesse novas saídas de migrantes da costa líbia, depois que 8.500 pessoas foram resgatadas e 13 foram encontradas mortas entre sexta-feira e domingo no Mediterrâneo, indicou a guarda-costeira italiana.

"O mar está muito agitado no litoral da Líbia e não sei se está havendo alguma operação de salvamento", informou nesta segunda-feira à AFP a guarda-costeira italiana, que coordena as operações de resgate no Mediterrâneo central.

Por outro lado, o bom tempo que que predominou entre sexta-feira e domingo nesta parte do Mediterrâneo favoreceu a atividade dos traficantes de humanos do litoral líbio e, foram realizadas, pelo menos, 73 operações de salvamento, uma por cada embarcação improvisada.

Um total de 8.500 pessoas, incluindo muitas crianças, foram resgatados no mar pelos navios que patrulham a costa da Líbia, incluindo vários barcos fretados por ONGs.

Ainda assim, 13 pessoas perderam a vida, entre elas uma criança de 8 anos.

Na sexta-feira foram lançadas 19 operações de salvamento; no sábado, 33 e no domingo, 21.

A agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, informou nesta segunda-feira que seus navios da Operação Triton haviam resgatado mais de 1.400 migrantes em frente ao litoral da Líbia durante o final de semana de Páscoa, no marco de treze operações de busca e resgate.

Essas operações aconteceram em coordenação com a guarda-costeira italiana, informou a agência europeia.

Cerca de 27.000 migrantes procedentes principalmente da África subsahariana desembarcaram na Itália neste ano, segundo cifras da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), sem contar os 8.500 chegados nos três últimos dias. Isso representaria uma alta de mais de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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