Seleção do Marrocos antes do jogo contra o Irã (Michael Dalder/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de junho de 2018 às 10h26.
Rabat - Um total de 695 torcedores marroquinos viajou para a Rússia para assistir à Copa do Mundo e a partir desse país tentaram emigrar de forma ilegal ao território europeu antes de ser detido, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pelo jornal "Al Ahdaz al Maghrebiya", que acrescentou que a diplomacia da nação africana negocia com a Rússia e três países vizinhos a repatriação.
De acordo com o periódico, o embaixador do Marrocos em Moscou, Abdelkader Lechheb, iniciou conversas com as autoridades de Rússia, Lituânia, Polônia e Finlândia para tramitar a extradição dos imigrantes, que estão detidos. Já há um acordo com as autoridades lituanas para que 600 deles, que estão em um campo de emigrantes clandestinos, sejam deportados antes do fim de semana.
Essas 600 pessoas foram presas pela polícia do país do leste europeu durante viagem de Moscou para Kaliningrado para acompanhar um jogo da seleção norte-africana. Ao se deslocarem de trem, atravessaram o território lituano sem um visto Schengen.
A diplomacia do Marrocos também acompanha de perto a situação de 25 outros imigrantes, que foram detidos na semana passada pela polícia finlandesa na tentativa de atravessar a pé a fronteira que separa a cidade russa de Viborg e a finlandesa de Imatra. Também negocia o caso de 70 torcedores acusados de tentar entrar clandestinamente na Polônia a partir de Kaliningrado.
Segundo a imprensa do país do norte da África, cerca de 40 mil marroquinos foram à Rússia para acompanhar a Copa, a primeira da seleção nacional em 20 anos. Os 'Leões do Atlas' ficaram em último lugar do grupo B após perder para Irã e Portugal e empatar com a Espanha.