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Mais de 50 funcionários da diplomacia britânica terão que deixar a Rússia

O governo britânico expulsou na semana passada 23 diplomatas russos em represália pelo envenenamento do ex-espião duplo Sergei Skripal

Vladimir Putin, presidente da Russia (Gleb Garanich/Reuters)

Vladimir Putin, presidente da Russia (Gleb Garanich/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de março de 2018 às 11h13.

Moscou, 31 mar (EFE).- Mais de 50 funcionários das representações diplomáticas do Reino Unido na Rússia terão que deixar o país, declarou neste sábado a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.

"A Rússia propôs paridade, e os britânicos contam com mais 50 pessoas", explicou Zakharova à agência de notícias russa "Interfax".

O governo britânico expulsou na semana passada 23 diplomatas russos em represália pelo envenenamento, com um agente químico, do ex-espião duplo Sergei Skripal e sua filha Yulia, um caso pelo qual Londres responsabiliza a Rússia.

Em resposta, Moscou expulsou o mesmo número de funcionários da diplomacia britânica e ontem pediu a Londres que reduza no prazo de um mês seu número de representantes até o mesmo nível que o da Rússia no Reino Unido, cujo número não foi revelado.

Zakharova, que negou em reiteradas ocasiões que a Rússia tenha algo a ver com o envenenamento dos Skripal, declarou à rede de televisão russa "Canal 5" que o sigilo de Londres sobre este caso despertou "suspeitas" sobre o envolvimento dos próprios britânicos.

"A ocultação de informações, o segredo em que se mantêm os detalhes do ocorrido faz há pensar que nisso podem estar envolvidos, em particular, os serviços secretos britânicos", disse a porta-voz da Chancelaria russa.

Ontem, a Rússia anunciou a expulsão de várias dezenas de diplomatas de diversos países, na maioria da União Europeia, que se solidarizaram com o Reino Unido pelo caso Skripal e que no começo da semana declararam persona non grata um elevado número de diplomatas russos. EFE

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