EI: os bombardeios da coalizão não só ocasionaram perdas nas fileiras do EI (Muhammad Hamed/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 14h19.
Beirute - Pelo menos 5.701 integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) morreram na Síria em bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, iniciados em 23 de setembro de 2014, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A maior parte dos mortos são combatentes estrangeiros do EI e entre eles figuram dirigentes da organização, como Abu Omar al Shishani, Abu al Hiya al Tunisi, Abu Osama al Iraqui e Omar al Rafidan.
A eles se soma um líder do EI que morreu junto com sua esposa e seus quatro filhos menores de idade em um ataque em Dabiq, no norte da província de Aleppo, no noroeste da Síria.
Os bombardeios da coalizão não só ocasionaram perdas nas fileiras do EI, mas também nas da Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra, ex-braço sírio da Al Qaeda), grupo no qual causaram a morte de 141 militantes.
A aliança internacional também teve como alvo posições de outros grupos jihadistas nas províncias de Aleppo e Idlib, onde pelo menos 139 combatentes radicais morreram.
Além disso, dez milicianos da organização extremista Exército de Sunna em Atme, em Idlib, morreram em um ataque da coalizão.
Por outro lado, o OSDH destacou que pelo menos 820 civis, dos quais 193 eram menores e 117 eram mulheres, morreram nesses bombardeios em distintas partes do país.
Além disso, 90 efetivos das forças governamentais e milicianos leais ao presidente Bashar al Assad morreram em um bombardeio da coalizão contra um quartel de uma brigada de artilharia e outras posições militares no monte Al Zarda em Deir ez Zor, no nordeste do país.
O OSDH também documentou a morte de um combatente de um grupo islâmico, que era prisioneiro do EI e que morreu durante um bombardeio contra um centro de detenção dos jihadistas enquanto estava em cativeiro.
A fonte acrescentou que um ativista informativo do EI morreu em um ataque da coalizão em Tel Batal, no norte de Aleppo.
O EI proclamou em junho de 2014 um califado na Síria e no Iraque, onde controla partes do norte e do centro de ambos os países.