Mundo

Mais de 40 países denunciam anexação russa da Crimeia

Países expressaram preocupação com o destino da minoria tártara, bem como com ativistas e jornalistas desaparecidos


	Família de tártaros da Crimeia desembarca na cidade ucraniana de Lviv: países conclamaram a Rússia a permitir que observadores internacionais sejam enviados a toda a Ucrânia
 (Yuriy Dyachyshyn/AFP)

Família de tártaros da Crimeia desembarca na cidade ucraniana de Lviv: países conclamaram a Rússia a permitir que observadores internacionais sejam enviados a toda a Ucrânia (Yuriy Dyachyshyn/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 19h13.

Genebra - Mais de 40 países, principalmente ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, denunciaram nesta quarta-feira a anexação da Crimeia pela Rússia e expressaram preocupação com o destino da minoria tártara, bem como com ativistas e jornalistas desaparecidos.

Em uma declaração conjunta ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), eles conclamaram a Rússia a permitir que observadores internacionais sejam enviados a toda a Ucrânia, "incluindo a Crimeia".

A Rússia concordou com os outros 56 membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) quanto ao envio de uma missão de monitoramento de seis meses à Ucrânia, mas disse que ela não se aplica à Crimeia.

A vice-secretária assistente de Estado norte-americana, Paula Schriefer, leu um comunicado de duas páginas no fórum de Genebra, endossado por 42 países, dizendo: "Exortamos a Rússia e todos os interessados a garantirem o acesso e a proteção total e sem obstáculos para as equipes a toda a Ucrânia, incluindo a Crimeia..." "Estamos profundamente preocupados com relatos críveis sobre sequestros de jornalistas e ativistas, bloqueio dos meios de comunicação independentes e restrições a observadores internacionais independentes", disse ela.

"Além disso, a situação das minorias na Crimeia, em particular os tártaros da Crimeia, é extremamente vulnerável desde a incursão militar da Rússia", acrescentou, lendo a declaração assinada também pelas principais potências europeias, Austrália, Canadá, Japão e as ex-repúblicas soviéticas da Geórgia, Letônia, Lituânia e Moldávia.

O embaixador da Rússia na ONU em Genebra, Alexey Borodavkin, rejeitou o documento, dizendo que contém declarações que estão "longe da verdade" e ignora questões de direitos humanos enfrentadas pelo povo ucraniano.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaCrise políticaDiplomaciaEuropaONURússia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua