Organizações: a Arábia Saudita iniciou no ano passado a formação de uma coalizão militar para combater o terrorismo jihadista integrada por 34 países muçulmanos (Khaled Abdullah/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 18h08.
Cairo - Um total de 2.093 cidadãos sauditas viajaram para o exterior para se unir a organizações terroristas, informou nesta segunda-feira o Ministro do Interior do país, Mansour al Turki, em declarações divulgadas pelo jornal "Al Hayat".
O porta-voz indicou que pelo menos 1.540 saudistas estão na Síria, o que representa 70%. O segundo país que mais recebeu sauditas foi o Iêmen, afetado pela guerra civil entre os houthis e as forças do presidente deposto. A fragilidade foi aproveitada por grupos como a Al Qaeda e o Estado Islâmico (EI).
Além disso, outros 36 cidadãos do país estão combatendo no Afeganistão, Paquistão e Iraque. As autoridades desconhecem o paradeiro de 297 sauditas que deixaram o país.
O ministro disse que 73 sauditas estão presos no exterior acusados de terem alguma relação com "atos terroristas". Al Turki afirmou que, apesar dos dados, o número de simpatizantes do país em grupos terroristas tem diminuindo nesses últimos anos.
Um responsável do Ministério de Assuntos Islâmicos da Arábia Saudita, Abdelmenem al Mashuh, declarou ao Al Hayat que há menos sauditas do que as autoridades imaginam em grupos como o EI.
A Arábia Saudita iniciou no ano passado a formação de uma coalizão militar para combater o terrorismo jihadista integrada por 34 países muçulmanos.
A Tunísia é o país que tem mais cidadãos no EI na Síria, com mais de 5 mil combatentes e colaboradores fazendo parte do grupo.