Refugiados: "O tráfico de humano no mar entre Líbia e Itália é 15% maior este ano com relação ao ano passado, e 60% mais que em 2014" (Michalis Karagiannis / Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2016 às 10h33.
Genebra - Mais de 146 mil refugiados e imigrantes atravessaram o Mar Mediterrâneo neste ano e 455 morreram nessa tentativa de fugir do conflito e da perseguição, conforme os últimos dados divulgados nesta sexta-feira pela Organização Internacional das Migrações (OIM).
Nos dois meses e meio de 2016, mais de 137.160 imigrantes ou refugiados que alcançaram o litoral europeu escolheram a rota do Mediterrâneo Oriental, entre Turquia e Grécia, uma travessia na qual 354 pessoas morreram.
Outros 9.100 escolheram a rota do Mediterrâneo central, entre Líbia e Itália, um cruzamento que acabou com a morte de 97 pessoas.
Ao mesmo tempo, outros 400 imigrantes cruzaram do Magrebe a Espanha, e quatro faleceram nessa tentativa.
Em entrevista coletiva, Joel Millman, porta-voz da OIM, afirmou que apesar da maioria das pessoas continuar chegando pelo Mediterrâneo oriental por causa dos conflitos na Síria, no Iraque e no Afeganistão, é crescente a quantidade de imigrantes que opta pela rota Líbia/Malta.
Conforme o organismo, até 10 de março foram contabilizadas 9.100 chegadas e no mesmo período em 2015 foram registradas 7.882. Em 2014 esse total nos dois meses e meio foi de 5.506.
"O tráfico de humano no mar entre Líbia e Itália é 15% maior este ano com relação ao ano passado, e 60% mais que em 2014", indicou Millman.
O porta-voz informou que a média de chegadas à Grécia se situa em 2 mil pessoas por dia. Segundo as autoridades gregas, dos que chegam à Grécia, 47% são da Síria, 27% do Afeganistão, 17% do Iraque, 3% do Irã e 3% do Paquistão.
Conforme a OIM, dos que chegam à Grécia, 44% é homem adulto, 22% mulher adulta e 34% criança.