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Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2012 às 17h25.
Cairo, 12 ago (EFE).- Mais de cem pessoas, a maioria civis e insurgentes, morreram neste domingo em uma nova jornada da campanha militar do regime de Damasco contra as posições os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) em diversas regiões do país.
Os opositores Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram em comunicado que as mortes foram causadas por bombardeios de helicópteros, artilharia pesada e disparos do Exército sírio, além de combates com os membros do ELS.
Em aldeias e localidades dos subúrbios de Damasco pelo menos 41 civis e rebeldes morreram e na província de Homs outras 24, enquanto 16 faleceram na meridional Deraa e outras 11 em Idleb, próxima à fronteira turca, detalhou o grupo.
As demais vítimas foram registradas nas províncias de Deir ez Zor, Latakia e Aleppo.
Os Comitês denunciaram que o hospital da cidade de Deraa recebeu das forças de segurança cinco cadáveres de camponeses que foram executados e torturados pelos homens leais ao regime.
Segundo informou à Agência Efe desde Tafas, em Deraa, o ativista dos CCL, Yazid al Badran, essa cidade é cenário de bombardeios desde ontem e as forças de segurança tentam invadir a cidade, 'mas não podem porque têm que enfrentar os combatentes do ELS'.
'Hoje perderam a vida três mulheres e um rebelde e até agora os tanques não entraram na cidade, mas, se conseguirem, haverá um massacre', advertiu Badran.
O ativista lembrou que essa cidade está sob controle do ELS desde há um ano e que de seus habitantes - cerca de 50 mil - só restam ao redor de 10 mil, depois dos grandes deslocamentos de população nos últimos dias.
Enquanto isso, hoje prosseguiu a campanha militar contra a cidade de Aleppo com bombardeios sobre o bairro de Salah ad-Din e choques entre rebeldes e tropas na área de Yeb al Qoba, situada na parte antiga.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que também há combates nos bairros de Suq al Hal, Hananu, Seif el Daula e Dauar el Sabaa Bahrat, todos eles situados na cidade de Aleppo.
Por outra parte, o ELS responsabilizou hoje o regime sírio da segurança dos cidadãos iranianos sequestrados no dia 4 de agosto em Damasco.
'Responsabilizamos totalmente o criminoso regime (do presidente sírio Bashar al Assad) da segurança dos prisioneiros iranianos e lhe comunicamos que recorrer à força será um erro de consequências imprevisíveis', ressaltou o chefe de uma brigada do ELS, Abdel Nasser Chemair, em comunicado divulgado através do YouTube.
Além disso, assinalou, será 'impossível chegar a negociar sem a cessação imediata dos bombardeios e do ataque à cidade de Homs e outras, já que a segurança dos prisioneiros iranianos não é mais importante que a de nosso povo'.
Nesse sentido, o líder insurgente advertiu que, se o regime de Assad não atender suas reivindicações, responderão 'de maneira firme'.
Por último, pediu aos familiares dos sequestrados iranianos que pressionem seu governo para que deixe de respaldar o Executivo sírio para preservar no futuro os laços entre os povos sírio e iraniano 'porque a queda do regime de Assad é iminente'.
O governo do Irã, o principal apoio do regime de Damasco no Oriente Médio, e algumas autoridades de diferentes âmbitos do país responsabilizaram os Estados Unidos e alguns de seus aliados que respaldam os rebeldes sírios pelo destino dos prisioneiros.
O ELS garantiu que entre os reféns havia militares do corpo de Guardiões da Revolução do Irã, mas não falou em nenhum momento que estivessem armados.