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Mais de 100 mil migrantes cruzaram o Mediterrâneo desde janeiro

No mesmo período do ano passado, entre 1 de janeiro e 3 de julho, o número de chegadas no continente foi duas vezes superior

Migração: quase 85.000 chegaram às costas italianas, 9.300 na Grécia e 6.300 desembarcaram na Espanha (REUTERS/Stefano Rellandini/Reuters)

Migração: quase 85.000 chegaram às costas italianas, 9.300 na Grécia e 6.300 desembarcaram na Espanha (REUTERS/Stefano Rellandini/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de julho de 2017 às 08h47.

Mais de 100.000 migrantes e refugiados chegaram desde janeiro a Europa depois de atravessarem o Mar Mediterrâneo, e 2.247 morreram ou são considerados desaparecidos depois que tentaram a travessia, anunciou nesta terça-feira em Genebra a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Quase 85.000 chegaram às costas italianas, 9.300 na Grécia e 6.300 desembarcaram na Espanha.

No total, a OIM calcula em 101.210 o número de chegadas. Na sexta-feira passada, a organização anunciou 95.768, mas sem ter atualizado os dados da Espanha.

No mesmo período de 2016 - entre 1 de janeiro e 3 de julho - o número de chegadas a Europa foi duas vezes superior (231.503).

A diferença este ano é que quase 85% dos migrantes desembarcaram na Itália, enquanto em 2016 a maioria chegou à Grécia.

O diretor geral da OIM, William Lacy Swing, pediu aos membros da UE que ajudem os países do sul da Europa a receber e ajudar os migrantes resgatados no mar.

O tema "não pode ser visto como um problema somente para a Itália, e sim como uma questão de toda a Europa", disse.

Dos 3.000 migrantes que morreram em todo o planeta desde o início do ano, mais de 2.200 faleceram quando tentavam chegar a Europa.

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