Estudantes protestam contra austeridade em Roma, em 14 novembro de 2012 (Tony Gentile / Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2012 às 20h24.
Roma - Dezenas de milhares de trabalhadores foram nesta quarta-feira às ruas nas mais de 100 manifestações convocadas na Itália pelo sindicato majoritário, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), no dia de protestos na Europa contra as políticas de austeridade.
Os estudantes também se uniram ao movimento em várias manifestações contra os cortes na educação e, em algumas cidades como Roma, Milão e Turim, houve fortes enfrentamentos com a polícia que deixaram várias pessoas (levemente) feridas.
Os sindicatos ainda não divulgaram dados da adesão à paralisação, que no setor privado seria de quatro horas, assim como para o transporte ferroviário e naval.
Já no setor público, a greve foi convocada para o dia todo, exceto no transporte local e no aéreo.
Em Turim, os estudantes entraram nos bancos Intesa Sanpaolo e no escritório do Fisco, onde queimaram documentos, o que levou a polícia a lançar gás lacrimogêneo contra eles.
Além disso, os agentes enfrentaram estudantes em Milão e em Brescia, na região da Lombardia, onde segundo veículos de imprensa italianos, a polícia prendeu três deles na última cidade.
O epicentro simbólico da greve na Itália foi a cidade de Terni, na região de Úmbria, onde a secretária-geral do CGIL, Susanna Camusso, liderou a manifestação em que reivindicou uma resposta do governo ''à face mais frágil do país''.
''Escolhemos Terni porque é uma cidade-símbolo dos problemas da política europeia. Uma cidade siderúrgica desde sempre, com uma importantíssima fábrica de aço altamente qualificada, sobre a qual houve um dos exemplos da incapacidade solidária da Europa'', analisou Susanna.
Em Terni fica a fábrica de aço Thyssenkrupp, recentemente desmontada e que deixou centenas de trabalhadores desempregados.